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Greve ganha apoios de CUT e Vicentinho
Por Fábio Martins e Gustavo Pinchiaro
Do Diário do
03/05/2011 | 07:16
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Amigos do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), o presidente estadual da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Adi dos Santos Lima, e o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), declararam apoio à greve do funcionalismo iniciada na quinta-feira. Adi pediu compreensão entre as partes e Vicentinho quer reajuste de, pelo menos, 6,36% referente à inflação.

Os discursos de apoio ocorreram ontem no fim da tarde durante assembleia geral da categoria na sede do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema). O deputado federal disse que tinha acabado de conversar com o prefeito e ele não tinha contraproposta nova. O petista mediu cuidadosamente o discurso para não se complicar com o "companheiro Reali", ao dizer que tem "dificuldade" em falar da gestão do PT, mas que a intenção de patrões é dividir a categoria quando não há adesão de 100%.

Com passagens pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pela própria CUT, o parlamentar reforçou os protestos da categoria e pediu para que eles não saiam da greve sem uma boa proposta. "O trabalhador não pode ser humilhado", pontuou. Vicentinho também abordou bandeiras de seu mandato como a emenda 29, que regulamenta o acréscimo de repasses tributários ao SUS (Sistema Único de Saúde) e uma emenda que quer propor no Congresso para que o reajuste da inflação seja automático nas prefeituras.

Ao falar com os servidores, Adi fez questão de destacar que a orientação da CUT aos sindicatos filiados, como no caso do Sindema, é de manter o trabalho independente do partido que estiver no poder, tentando afastar a imagem da central com a do PT. Também cuidadoso, ele dosou a fala e declarou que ambos têm razão, considerando que não há "blefes" nos argumentos e pediu flexibilidade com a Prefeitura.

Para a presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves, a busca de apoio por outros sindicatos e figuras públicas dá força à pressão sobre o prefeito. "Porque neste ano o Mário decidiu rasgar o programa de governo", afirmou.

Durante o dia, cinco ônibus transportaram servidores pelos bairros de Diadema para ampliar a adesão à greve, os chamados de piquetes móveis. Na sede do Sindema, cerca de 300 pessoas participaram do encontro. Nenhum equipamento público ficou 100% paralisado, mas em casos como a UBS (Unidade Básica de Saúde) São José, dos cerca de 50 funcionários, apenas cinco, alguns terceirizados, trabalhavam.

Reali disse que "a bola está na mão" dos servidores. "Eles tomaram iniciativa de iniciar paralisação". E manteve a proposta de 2% de aumento salarial neste ano, ante aos 11% pedidos pela categoria. A legalidade da greve esteve em pauta entre os funcionários, que pedem uma posição do PT, ligado ao movimento sindical, destacando que o prefeito vai descontar os dias parados.

 

Reali avalia que dissidentes não entenderam limitação

O desligamento do secretário de Esportes de Diadema, Rubens Xavier Martins, e outros cinco comissionados de cargos estratégicos na gestão Mário Reali, indicados pela Articulação de Esquerda - tendência interna do PT -, ainda traz desdobramentos na cidade. Ontem, o prefeito reconheceu que a decisão dos funcionários se deu de forma política por incompatibilidade com a condução do governo, que não compreenderam as limitações orçamentárias.

 "É uma postura política que eles tiveram de discordância com a nossa maneira de enfrentar o problema (do reajuste). Apesar de participar da administração, o grupo achou que a gente deveria ter feito maior esforço, impossível de o governo realizar. Não conseguiram entender a limitação financeira", avaliou o petista.

Reali afirmou que o grupo bateu o pé por avaliar que a dificuldade não seria por complicações econômicas. "Ele acharam que era problema político e se retiraram do governo."

Para o petista, porém, a dissidência da ala não respingará na adesão à sua reeleição em 2012. "Independente da saída eles me apoiarão. Isso foi discutido no seminário do PT, então continuo com o apoio."

O secretário de Governo, Oswaldo Misso, vai acumular, temporariamente, a Pasta de Esportes. "Não mudará nada, a secretaria continua com o PT. Por enquanto não decidi quem ficará no lugar."

Amigos do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), o presidente estadual da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Adi dos Santos Lima, e o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), declararam apoio à greve do funcionalismo iniciada na quinta-feira. Adi pediu compreensão entre as partes e Vicentinho quer reajuste de, pelo menos, 6,36% referente à inflação.

Os discursos de apoio ocorreram ontem no fim da tarde durante assembleia geral da categoria na sede do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema). O deputado federal disse que tinha acabado de conversar com o prefeito e ele não tinha contraproposta nova. O petista mediu cuidadosamente o discurso para não se complicar com o "companheiro Reali", ao dizer que tem "dificuldade" em falar da gestão do PT, mas que a intenção de patrões é dividir a categoria quando não há adesão de 100%.

Com passagens pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pela própria CUT, o parlamentar reforçou os protestos da categoria e pediu para que eles não saiam da greve sem uma boa proposta. "O trabalhador não pode ser humilhado", pontuou. Vicentinho também abordou bandeiras de seu mandato como a emenda 29, que regulamenta o acréscimo de repasses tributários ao SUS (Sistema Único de Saúde) e uma emenda que quer propor no Congresso para que o reajuste da inflação seja automático nas prefeituras.

Ao falar com os servidores, Adi fez questão de destacar que a orientação da CUT aos sindicatos filiados, como no caso do Sindema, é de manter o trabalho independente do partido que estiver no poder, tentando afastar a imagem da central com a do PT. Também cuidadoso, ele dosou a fala e declarou que ambos têm razão, considerando que não há "blefes" nos argumentos e pediu flexibilidade com a Prefeitura.

Para a presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves, a busca de apoio por outros sindicatos e figuras públicas dá força à pressão sobre o prefeito. "Porque neste ano o Mário decidiu rasgar o programa de governo", afirmou.

Durante o dia, cinco ônibus transportaram servidores pelos bairros de Diadema para ampliar a adesão à greve, os chamados de piquetes móveis. Na sede do Sindema, cerca de 300 pessoas participaram do encontro. Nenhum equipamento público ficou 100% paralisado, mas em casos como a UBS (Unidade Básica de Saúde) São José, dos cerca de 50 funcionários, apenas cinco, alguns terceirizados, trabalhavam.

Reali disse que "a bola está na mão" dos servidores. "Eles tomaram iniciativa de iniciar paralisação". E manteve a proposta de 2% de aumento salarial neste ano, ante aos 11% pedidos pela categoria. A legalidade da greve esteve em pauta entre os funcionários, que pedem uma posição do PT, ligado ao movimento sindical, destacando que o prefeito vai descontar os dias parados.




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