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Santos segura pressão e se classifica
Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
04/05/2011 | 00:47
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O Santos definitivamente incorporou o estilo Libertadores da América. Abusando da catimba e explorando o nervosismo do adversário, o Peixe segurou dramático empate por 0 a 0 contra o América, do México, ontem à noite, no Estádio Corregidora de Querétaro.

Com o resultado, somado à vitória por 1 a 0, na semana passada, na Vila Belmiro, o time brasileiro avançou às quartas de final da competição. O adversário sairá do confronto entre Cruzeiro e Once Caldas, da Colômbia, que se enfrentam hoje, em Minas Gerais.

O Santos impôs o ritmo de jogo que mais lhe interessava. Sempre criticado pela falta de experiência ocasionada pela juventude do elenco, ontem o time abusou da tranquilidade ao tocar a bola e forçar as jogadas apenas quando percebia espaço na defesa adversária.

Empurrado pela torcida, o América bem que esboçou pressão no começo, mas logo foi contido pela forte marcação da defesa santista. As iniciativas eram quase todas pelo lado esquerdo, nas costas do lateral Jonathan, que avançava com facilidade.

Em todo o primeiro tempo, o time mexicano criou duas boas chances. A primeira aos 22 minutos, quando Mosquera aproveitou escanteio e cabeceou na trave direita. Aos 30, Pardo cruzou para Montenegro, mas ele não alcançou a bola, que passou por toda a pequena área.

No segundo tempo, o jogo ganhou injeção de adrenalina e se aproximou dos habituais confrontos entre sul-americanos. Satisfeito, o Santos adotava catimba e deixava os mexicanos nervosos. A vaga quase ficou mais próxima aos quatro minutos, quando Ganso cobrou falta na trave direita.

O jogo mudou totalmente após os 17 minutos, quando Muricy sacou o atacante Zé Eduardo e colocou o zagueiro Bruno Aguiar. Possebom já havia entrado no lugar de Arouca, machucado. Assim, o Peixe tinha três zagueiros e três volantes em campo.

O América foi definitivamente para cima. O que se viu então foi show do goleiro Rafael, do Santos, que tinha atuação magnífica. Ele segurou dois chutes longos de Reyna e cabeceio à queima-roupa de Esqueda. Parecia invencível.

Acuado, o Santos ainda teve uma última boa oportunidade, aos 23, com Edu Dracena, que furou dentro da área. Depois disso, era segurar a pressão e a dramática classificação.

E o América levou ao pé da letra a missão. Nos últimos 15 minutos, era nitidamente ataque contra defesa. Muito bem postado, porém, o Santos conseguia neutralizar as tentativas do adversário. Mérito do técnico Muricy Ramalho, que arriscou colocando o time na defesa no segundo tempo e completou oito jogos com apenas dois gols sofridos.




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