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Pequeno varejo cresce 3,2% em janeiro
Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
15/03/2008 | 07:11
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Sustentado pela flexibilidade dos financiamentos, aumento da renda e elevação da confiança do consumidor com a recuperação do emprego, o faturamento do pequeno varejo paulista cresceu 3,2% em janeiro na comparação com igual mês de 2007.

De acordo com a PCPV (Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo) da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), o setor de material de construção mostrou o melhor desempenho no primeiro mês do ano, com alta de 29,9% ante o mesmo período de 2007.

Na mesma base de comparação, as lojas de móveis e decorações apuraram crescimento de 4,6%, em virtude do volume de crédito ainda abundante e a expansão do mercado imobiliário.

Já os estabelecimentos de vestuário, tecidos e calçados registraram alta de 3,5% no faturamento. Entretanto, expectativa é de que a expansão do setor seja mais modesta do que no ano anterior, já que a base de comparação – o desempenho do ano passado – foi bastante positiva.

No vermelho - Carregando o título de segmento mais importante na composição da PCPV, justamente pela participação no orçamento familiar, o setor de alimentos e bebidas iniciou o ano com retração de 6,2% ante o mesmo período de 2007. Segundo o levantamento da Fecomercio, a tendência é de que a trajetória de redução do faturamento da categoria continue nos próximos meses.

Outro grupo que teve redução da receita no período foi o de farmácias e perfumarias (4,4%). A justificativa para a queda é a concorrência com o grande varejo que está investindo pesado em drogarias e no mix de produtos nas gôndolas de perfumaria. Para a federação, o desempenho do segmento deste início de ano acompanha os resultados negativos de 2007 e não há expectativas de melhora no curto prazo.

O faturamento das redes varejistas de eletroeletrônicos também caiu (4,6%) ante janeiro do ano passado. Para a entidade, o segmento também foi afetado pela concorrência bastante acirrada com as grandes redes do setor, e ainda pelo excesso de produtos piratas e pela renda comprometida dos consumidores com impostos (IPTU e IPVA) e gastos com materiais escolares.

Outra categoria que fechou janeiro com faturamento negativo de 21,4% em relação ao ano anterior foi lojas de autopeças e acessórios. A redução é fruto da entrada de peças importadas da China, que são mais baratas que as nacionais, e o aumento nas vendas de veículos novos.



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