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Norte chileno se prepara para grande terremoto
Da AFP
16/11/2007 | 17:59
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Fala-se há anos, no norte do Chile, no "grande terremoto" - que alcançaria uma magnitude acima do 9 graus na escala Richter e causaria um maremoto -, o que levou à instalação de sofisticados sistemas de alerta e evacuação, enquanto a população se prepara para o pior.

Em Antofagasta, 1,2 mil km ao norte de Santiago, há um complexo plano de alerta e socorro para o grande terremoto, que deveria acontecer a qualquer momento, e também para o maremoto que deve vir em seguida, que inundaria por completo a extensa costa da cidade.

O 'Big One' liberaria a energia acumulada desde o último maremoto registrado na região, em 1877. O forte sismo não seria, no entanto, o que ocorreu na última quarta-feira, de 7,7 graus, que atingiu principalmente a cidade vizinha de Tocopilla, deixando dois mortos, dezenas de feridos e 15 mil desabrigados.

Em Antofagasta, de quase 300 mil habitantes, que se sustenta principalmente da extração de cobre, o terremoto causou de cenas de pânico a prejuízos menores na fachada de alguns edifícios.

Equipamento - O sismo não chegou a ativar o moderno sistema de alarme - o único do tipo na América Latina - que as autoridades locais começaram a instalar em 2002.

Segundo Hernán Vargas, chefe da Direção de Defesa Civil e Emergência de Antofagasta, ao todo, são sete sirenes anti-maremoto de fabricação alemã instaladas em locais estratégicos da cidade, com um investimento de mais de 260 milhões de pesos (US$ 520 mil).

Cada um dos aparelhos tem um rádio com alcance de 14 km. Eles funcionam com autonomia, e sua estrutura suporta terremotos de mais de 9 graus. Segundo o plano, para casos de emergência será feito um primeiro chamado de alerta, seguido de um toque de alarme para a evacuação imediata da população que reside na zona costeira em direção a pontos de segurança previamente estabelecidos.

"Em Antofagasta existe uma grande 'cultura sísmica', e por isso a maioria da população sabe perfeitamente o que fazer quando uma tragédia acontecer", disse Vargas.

O plano de evacuação, segundo Vargas, foi testado com sucesso no dia 22 de agosto, quando foi realizada uma simulação em massa envolvendo mais de 50 mil pessoas, entre trabalhadores, estudantes e moradores da área costeira da cidade, de 27 km de extensão. A simulação foi feita considerando-se um terremoto de 8,5 graus. A população se deslocou ordenadamente para as áreas de segurança, levando entre 20 e 25 minutos.




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