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Cai a criminalidade nas cidades do Grande ABC
Fábio Munhoz
Evandro De Marco
02/11/2010 | 08:08
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O Grande ABC teve queda em cinco tipos de crimes entre janeiro e setembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2009. As informações foram divulgadas ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Os homicídios dolosos - com intenção de matar - passaram de 254 para 214 (15,7% a menos). Na sequência aparecem os roubos (-15,4%), roubos de veículos (-7%), furtos em geral (-4,1%) e furtos de veículos (-2,6%), atingindo a marca de 5.889 casos nas sete cidades.

A diminuição na criminalidade da região segue tendência observada no Estado, onde também houve redução. Roubos recuaram 11,5%, roubos de veículos 7,9% e furtos de veículos 7,2%. Os homicídios dolosos tiveram baixa de 5,3%, enquanto os furtos diminuíram 5%.

Para o coronel José Luís Navarro, comandante da Polícia Militar no Grande ABC, o resultado é consequência do trabalho conjunto entre a corporação e a sociedade. "Temos observado aumento nas denúncias. A polícia trabalha com informação. Se não tivermos isso, não teremos sucesso."

Para o delegado Seccional de Santo André, José Emílio Pescarmona, "a ação conjunta entre as polícias Civil e Militar ajuda, e muito, baixar os índices." Mesma opinião tem o diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), Marcos Carneiro Lima. "A Polícia Civil está mais focada na investigação", observa.

Lima cita a realização de tarefas pela PM, que antes eram de responsabilidade da Civil, como a escolta de presos como grande auxílio. Embora algumas unidades prisionais ainda estejam com detentos à espera de vagas no sistema carcerário, para o diretor, a transferência de presos de delegacias para o CDPs (Centros de Detenção Provisória) libera os investigadores.

Outro ponto que contribuiu com os índices é o investimento tecnológico ressaltado pelo governador do Estado, Alberto Goldman. "Temos uma base de dados na qual podemos mapear onde os crimes estão acontecendo mais e estabelecer forma de combate a eles", diz Pescarmona.

DROGAS - Segundo Navarro, o único tipo de ocorrência que teve aumento foi apreensões de drogas (11%). E, claro, o comandante considera esse um dado positivo. "Quanto mais drogas a polícia tirar das ruas , maior a prevenção de crimes." O coronel afirma que aumentaram também as apreensões de armas de fogo.

Apesar da tendência de queda, algumas cidades tiveram aumento no número de furto e roubos de veículos. Para o delegado Seccional de São Bernardo, Rafael Rabinovici, também responsável por São Caetano, a explicação é exatamente o reflexo do ‘aperto' aos traficantes de drogas na região.

"Os criminosos acabam migrando para outras modalidades e o furto e roubo de veículos é uma daquelas com giro de dinheiro mais rápido para as quadrilhas. Mas vamos intensificar o combate a esses crimes também", promete.




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