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Marido de farmacêutica que precisa de fígado faz campanha
Adriana Gomes
Do Diário do Grande ABC
01/11/2005 | 08:23
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Vagner Jimenes, 40 anos, marido de Eliane Jimenes, 39 – que recebeu um fígado na semana passada e está em estado grave – faz um apelo aos moradores do Grande ABC para que doem os órgãos dos familiares mortos. A farmacêutica, que é de São Bernardo, depende de novo órgão para retransplante, pois o fígado que recebeu não funciona como o esperado, embora não esteja sofrendo o chamado processo de rejeição. Mesmo com a liminar que concedeu a Eliane a possibilidade de passar à frente de centenas de pacientes na fila de transplante do Estado para ter um novo fígado, não surgiu, até agora, um doador compatível em todo o país.

Segundo a equipe médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, onde Eliane está internada, o estado da paciente continua grave, embora estável (boletim da tarde de segunda-feira). Ela passou por diversas complicações desde a cirurgia no início da semana passada, inclusive hemorragias. O processo consumiu todo o estoque de sangue tipo A do hospital e, por isso, a família também pede que voluntários se apresentem para doação no hospital. Doadores com sangue de todos os tipos são bem-vindos e o Oswaldo Cruz oferece benefícios como estacionamento grátis e bateria de exames sem custos para os voluntários. Os interessados devem comparecer à rua João Julião, 331, sala 1, na capital, próximo ao Shopping Paulista. O telefone para informações é 3287-7253.

Eliane Jimenes está com o abdome aberto desde o procedimento cirúrgico da semana passada. Ela passou a receber medicamentos imunossupressores para que seja evitado processo de rejeição crônica do órgão.

Na semana passada, a farmacêutica causou polêmica ao conseguir na Justiça liminar que garantiu o transplante, embora estivesse na posição de número 635 na fila do Estado. Pela norma atual, só são permitidas priorizações em detrimento da ordem cronológica em casos considerados gravíssimos, como necessidade de retransplante devido à rejeição do órgão e risco de morte.




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