O Evangelho Segundo Jesus Cristo, adaptação de Maria Adelaide Amaral para o livro de José Saramago, está no Sesc Vila Mariana (r. Pelotas, 141, São Paulo. Tel.: 5080-3147. Ingr.: R$ 30), às 18h. O português Saramago ganhou o Nobel de Literatura em 1998.
Sob a direção de José Possi Neto, sobem ao palco Celso Frateschi (Pastor/Diabo), Eriberto Leão (Jesus), Júlia Catelli (Zelomi), Maria Fernanda Cândido (Maria de Magdala), Paulo Goulart (Deus) e Walderez de Barros (Maria).
A peça, assim como o livro, retrata sob um ângulo diferente a história mais conhecida do hemisfério ocidental. Ao humanizar os personagens, O Evangelho Segundo Jesus Cristo apresenta uma discussão sobre valores morais estabelecidos e coloca a ética em primeiro plano.
Encontros com a prostituta Maria de Magdala, com Deus e com o Diabo fazem de Jesus, jovem à procura de respostas existenciais, a peça-chave nesse jogo que se recusa à polarização entre o bem e o mal e ultrapassa as fronteiras da questão religiosa. Entram em cena questões como o poder fundamentado no autoritarismo e os princípios contrários da liberdade e do condicionamento.
A qualidade da montagem é garantida pelas interpretações de Goulart e Walderez e o trabalho do cenógrafo J.C. Serroni, que criou um ambiente desértico que se transforma em mar com a inclusão de alguns elementos, e do figurinista Fábio Namatame.
Comédia – A sessão de Pantagruel, de Hugo Possolo e Mário Viana, está marcada para o Sesc Anchieta (r. Dr. Vila Nova, 245, São Paulo. Tel.: 3256-2281. Ingr.: R$ 20), às 20h. A peça, dirigida por Possolo, é baseada na obra de François Rabelais (1494-1553) e comemora o décimo aniversário dos Parlapatões (Alexandre Roit, Possolo e Raul Barreto).
Com cinco atores convidados, o grupo conta a história do gigante Pantagruel (Claudinei Brandão, quando criança, e Barreto, quando adulto), filho de Gargântua (Possolo), rei de Utopia. Os Parlapatões resgatam o espírito crítico renascentista presente na obra de Rabelais por meio das aventuras e proezas do protagonista.
Depois da invasão de Utopia pelo Exército Racionalista, Pantagruel parte em busca da cultura necessária para libertar o reino. Seu preceptor, Epistemão (Roit), o acompanha na viagem, durante a qual encontram o malandro de rua Panúrgio (Possolo). Dá-se, então, o encontro entre as tradições erudita e popular – que não se excluem, mas se complementam.
Brincadeiras que contam com a participação do público, deboche e irreverência, além das referências às linguagens do circo e do teatro de rua, são as marcas registradas dos espetáculos do grupo.
Música – O grupo Havana Brasil mostra no Bourbon Street Music Club (r. dos Chanés, 127, São Paulo. Tel.: 5561-1643. Ingr.: R$ 18), às 21h30, o repertório do recém-lançado CD Havana Brasil ao Vivo. Ritmos caribenhos, brasileiros e afros são a especialidade da big band, formada por ex-membros da orquestra Heartbreakers.
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