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Câmara de Ribeirão adia projeto de manutenção dos salários da classe política

Após emenda que sugere redução de 20% nos vencimentos, casa opta por postergar debate; há duas semanas, Legislativo sugeriu aumentar em 26% os contracheques de prefeito, vice e vereadores

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
20/08/2020 | 16:33
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Pixabay


Os vereadores de Ribeirão Pires adiaram por duas semanas o projeto que prevê a manutenção dos salários da classe política da cidade, em movimento que abre a possibilidade de debate de proposta para redução dos vencimentos de prefeito, vice, secretários e vereadores na ordem de 20% para a próxima legislatura.

Na quarta-feira, o vereador Amigão D''Orto (PSB), pré-candidato a vice na chapa encabeçada pelo ex-prefeito Clóvis Volpi (PL), protocolou emenda para forçar o corte do contracheque. Pela sugestão, prefeito teria reduzido os vencimentos de R$ 20.042,34 para R$ 16.033,87. O vice, secretários e vereadores, que recebem R$ 10.021,17, teriam de R$ 8.016,93 de salários.

“Entendemos que os próximos anos serão difíceis, precisarão de grande ajuda na luta pela retomada econômica, não só no Brasil, mas em Ribeirão Pires. Vemos que essa redução de 20% nos atuais subsídios para próximo biênio será de grande ajuda nessa retomada. Com a mencionada redução dos subsídios iremos ter economizado, a fim da próxima legislatura, R$ 2.212.699,02”, sustenta a emenda do vereador.

Amigão citou que teve a ideia de pedir a redução salarial após movimento do presidente da Câmara, Rato Teixeira (PTB), para acrescer os vencimentos da classe política local. Na semana passada, o petebista, sobrinho do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), enviou questionário aos parlamentares para saber se os vereadores eram favoráveis à majoração dos movimentos. Os colegas de Rato, entretanto, desaprovaram a medida. Dias depois, em movimento de recuo, o mandatário do Legislativo disse que protocolaria projeto que fixava os atuais salários sem qualquer tipo de aumento.

“Conversei com os vereadores e alguns se interessaram na proposta (de redução). Então eles sugeriram que eu retirasse o projeto do setor jurídico e protocolasse outro no nome de todos os vereadores da casa. Acredito que desta forma eu consiga ter as assinaturas necessárias para que o projeto seja acolhido”, alegou Amigão. 




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