Política Titulo Luiz Mario na FUABC
Câmara rejeita CPI da Saúde mais uma vez em S.Bernardo

Originalmente elaborada por Julinho, comissão foi resgatada por petista

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
25/06/2020 | 00:03
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André Henriques/Joilson criticou manobra


A Câmara de São Bernardo rejeitou abertura da CPI da Saúde para apurar denúncias de apadrinhamento político na gestão de Luiz Mario Pereira de Souza Gomes à frente da FUABC (Fundação do ABC), indicado do prefeito Orlando Morando (PSDB) na entidade regional. A comissão foi proposta no ano passado pelo vereador Julinho Fuzari (DEM), que recebeu suporte, à ocasião, de Rafael Demarchi (PSL). Na sessão de ontem, quem abraçou o pedido foi o vereador Joilson Santos (PT) – Julinho mudou de partido e se alinhou ao governo tucano.

A instalação do bloco já tinha sido rejeitada inicialmente no ano passado, mas Julinho havia recorrido à Justiça para que a presidência da casa abrisse os trabalhos sob argumento de haver assinatura de ao menos um terço dos vereadores – CPI, constitucionalmente, é direito de minoria nos Legislativos. A Justiça considerou que era necessário encerrar as duas outras CPIs em andamento – da Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia) e do Estádio 1º de Maio. Como esses blocos chegaram ao fim, Joilson resgatou o tema.

A abertura da CPI recebeu 15 votos contrários e apenas cinco favoráveis – os demais se ausentaram. Foi a segunda vez que o Parlamento barrou a comissão. Joilson criticou o resultado. “Acredito que o governo acabou realizando manobra inconstitucional, já que as assinaturas estavam corretas e a CPI era a próxima a ser instaurada”, disse o vereador. O petista admitiu a possibilidade de ir à Justiça para garantir o funcionamento da CPI, da mesma forma que fez Julinho no ano passado.

Os vereadores contrários à CPI da Saúde foram Pery Cartola (PSDB), Fran Silva (PSD), Toninho Tavares (PSDB), Palhinha (Avante), Gordo da Adega (Republicanos), Ary de Oliveira (PSDB), Aurélio (PSDB), Eliezer Mendes (Podemos), Ivan Silva (PP), Jorge Araúo (PSD), Pastor Zezinho Soares (PSDB), Martins Martins (PP), Reginaldo Burguês (Podemos), Alexandre Mognon (PSDB) e Índio (SD).

O presidente do Legislativo, Juarez Tudo Azul (PSDB), afirmou que a reprovação da CPI ocorreu na última parte da sessão e que a base governista decidiu apreciar a propositura para que não restasse mais dúvida quanto ao posicionamento dos vereadores na Câmara.

Já Julinho alegou que o foco inicial da CPI foi o de fiscalizar a nomeação dentro da Fundação do ABC, mas que, mesmo após a propositura ter sido rejeitada, o Ministério Público acabou por intervir na situação e elaborou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para que a entidade de saúde regional revisse o método de nomeações. “A CPI foi rejeitada, mas o objeto da ação foi questionado pelo MP e isso surtiu efeito”, declarou.  




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