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Coronavírus pode sobreviver em ambientes fechados por até três horas

Pesquisa mostra ainda por quanto tempo particula segue viva em diversas superfícies

Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
25/03/2020 | 00:01
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Pixabay


Lavar, limpar e higienizar são palavras intensificadas no vocabulário e no dia a dia das pessoas ao redor de todo o mundo. E a cada dia que passa surgem novas informações sobre o coronavírus, auxiliando no combate à propagação. Se espera que, bem informados, os cidadãos eliminem possibilidades de contágio. E para esta finalidade foram feitos e divulgados estudo do New England Journal of Medicine e pesquisa da Universidade de Greisfwald, na Alemanha que mostram por quanto tempo o vírus sobrevive nas superfícies e no ar. O resultado: um ambiente fechado pode ficar por até três horas com a presença do coronavírus circulando.

Nos testes, inclusive, foi utilizado um aerosol para lançar o vírus, a fim de simular ambiente como hospital, por exemplo. “O último estudo falando sobre esse novo coronavírus verificou que ele pode permanecer em partículas suspensas no ar depois que alguém tosse ou espirra em ambiente fechado, por até três horas”, explicou o infectologista e professor do curso de medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Fabio Leal.

Tanto o estudo quanto a pesquisa fizeram os testes em diversas superfícies como plástico, aço, papelão, vidro e outros (veja na arte acima). O coronavírus chega a sobreviver por até 72 horas em alguns deles. “Significa potencialmente que essas superfícies não limpas podem ser fontes de infecção caso (alguém) coloque a mão em cima. Por isso é importante reforçar a higiene das mãos, porque são elas que vão levar o vírus de qualquer superfície infectada para suas vias aéreas”, explicou o especialista.

Segundo ele, o coronavírus tem algumas particularidades e, desta maneira, acaba sendo desafiador para médicos, pesquisadores e todos os envolvidos em desvendar a doença. “É um desafio, é um vírus novo, mas não é inédito. Tivemos esta situação algumas vezes nas últimas décadas. O que é inédito é ser vírus que se espalha muito rapidamente e infecta muitas pessoas, infelizmente levando parte da população específica, maior de 60 anos, a ter muitos quadros graves e óbitos. E levando possivelmente ao colapso do sistema de saúde, porque são tantos casos e tão rapidamente, que o sistema não dá conta”, lamentou.

Fabio Leal reiterou ainda qual deve ser a principal postura adotada pela população em geral – exceção feita aos profissionais que não têm escolha. “Nossa medida, nossa recomendação é isolamento e distanciamento social. Uma vacina é pouco provável que seja desenvolvida em menos de um ano para lidar com a epidemia. É difícil prever a que ponto vai chegar, se vai ser como a catástrofe que estamos vendo na Itália”, concluiu. 




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