Os estrangeiros, quatro homens e duas mulheres, estavam numa chácara no município de Serra Negra, a 150 quilômetros de São Paulo. O dono do imóvel desconfiou dos inquilinos porque eles pagaram o aluguel em dólar e acionou a Polícia Militar. Os chilenos confessaram o envolvimento no seqüestro de Olivetto e deram pistas do local onde o publicitário estava.

Na chácara, foram encontrados quatro computadores e mais de 500 disquetes de computadores, além de bilhetes e gravações de outros reféns em cativeiros, o que faz a polícia acreditar que se trata de uma quadrilha internacional especializada em seqüestros. Não se sabe ainda o número de integrantes que estão foragidos.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antônio Desgualdo, foi montada uma operação especial em todas as estradas, aeroportos e portos para encontrar os seqüestradores que conseguiram fugir do cativeiro do publicitário.

A quadrilha pedia um resgate de US$ 10 milhões. As negociações demoraram porque a família dizia que não tinha esse dinheiro, mas os seqüestradores se mostravam irredutíveis quanto ao valor. Na semana passada, um novo valor foi combinado e a quadrilha mandou os parentes de Olivetto publicarem anúncios num jornal do Rio e em outro de São Paulo para mostrar que concordavam.

A polícia informou que a quadrilha deu indícios de ter ligações com os seqüestradores do empresário Abílio Diniz. Os policiais ainda consideram as hipóteses de que o seqüestro de Olivetto tenha sido uma ação para financiar uma guerrilha colombiana ou um crime comum cometido por ex-militantes da esquerda armada.