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Docentes pedem audiência pública sobre crise da FSA

Grupo realizou protesto na Câmara de Sto.André ontem; instituição aguarda nomeação de reitor

Por Bia Moço
Especial para o Diário
23/02/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Integrantes do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC) e docentes da FSA (Fundação Santo André) realizaram protesto na Câmara da cidade na tarde de ontem. O grupo pediu aos vereadores que realizem audiência pública para discutir a crise financeira da instituição de Ensino Superior e cobrar do prefeito Paulo Serra (PSDB) a nomeação do novo reitor do centro universitário – para o exercício de 2018 a 2022.

O sindicato cobra do chefe do Executivo a abertura de diálogo, não somente com os professores, mas também com estudantes da FSA. Em seu discurso, o presidente do Sinpro-ABC, José Jorge Maggio, destacou que o sindicato pretende apresentar a Paulo Serra ideias que possam colaborar com a recuperação da FSA, que vive grave crise financeira há pelo menos três anos.

Já o diretor do sindicato e professor de Relações Internacionais da FSA, Marcelo Buzetto, considera que a sindicância aberta pela reitora – que investiga se funcionários da Fundação foram contratados sem passar por concurso público – é, na verdade, manobra para desviar atenção de atrasos de salários. “Cerca de 400 professores estão sem receber desde novembro. A culpa da crise financeira é da administração da Fundação, mas ao invés de buscarem soluções para reverter a crise, criaram essa investigação, o que muda o foco das atenções e divide professores e funcionários, criando, inclusive, mal-estar na convivência.”

Buzetto explica que a apuração de possíveis contratações irregulares, inclusive a do candidato mais votado ao cargo de reitor – professor Francisco José Santos Milreu –, não impede que o chefe do Executivo nomeie o novo gestor da FSA. “O prefeito tem duas opções. Ou quebra o silêncio ou vamos quebrar o silêncio dele nas ruas”, ameaça, ao cogitar futuros protestos pela cidade.

Os integrantes do sindicato pediram ainda que os vereadores retomem a votação de bolsas de estudo para a FSA. Em 2004, a Câmara aprovou 500 benefícios no valor de R$ 200, encerrados no início deste ano pela reitoria. A nova proposta é que sejam ofertadas 1.500 vagas no valor de R$ 400 para o ano letivo de 2018.

DECISÃO

A nomeação do próximo reitor da FSA – que deve assumir cargo a partir de 1º de abril – está nas mãos do prefeito de Santo André. O chefe do Executivo recebeu lista tríplice com os candidatos mais votados pela comunidade acadêmica no dia 29 de novembro e, em dezembro, garantiu que divulgaria em janeiro sua decisão. No entanto, até o momento ele não se manifestou.

O segundo nome da lista tríplice é o da professora Andrea Dias Quintao e, na sequência, aparece o professor Edvaldo Luis Rossini, o Didi – que retirou seu nome da disputa há um mês.

 




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