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Tudo pronto para o casamento de Maya e Raj
16/03/2009 | 07:02
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Divulgação


Era pouco mais de meio-dia da quinta-feira quando a graciosa Anusha (Karina Ferrari) surgiu liderando um grupo de bailarinos pela rua principal da cidade cenográfica da novela Caminho das Índias, no Projac, a central de produção da TV Globo em Jacarepaguá, no Rio. Elenco e figurantes estavam escalados desde as 8h para gravar a série de cenas do casamento dos protagonistas Maya (Juliana Paes) e Raj (Rodrigo Lombardi) sob a direção de Fred Mayrink. É um momento esperado da trama de Glória Perez.

"Alegria, gente, que isso aqui não é enterro. Vamos lá, que até essa banda está parecendo que saiu de uma funerária", gritava um dos produtores, no meio-fio de uma das calçadas fictícias. "Se a música parar, continuem dançando!", avisa ele.

O local onde se desenvolve a trama principal e moram as famílias de Maya e Raj é hoje a maior cidade cenográfica do Projac, com área de 6.000 metros quadrados.

O diretor de arte Mário Monteiro esteve na equipe da novela que viajou para a Índia em outubro do ano passado para colher os elementos que hoje reproduzem o clima de Jaipur. Além das casas das quatro principais famílias do núcleo indiano, foram construídas 42 lojas e um templo para o deus Shiva. Há ainda a fachada de um charmoso cinema e barraquinhas de comércio de calçada - de chá a dentista. Uma vaca anônima circula por ali, já que Emília, a que sempre aparece contracenando com Tony Ramos, está de folga.

Além de Jaipur, foram construídas duas cidades: numa área de 2.500 metros quadrados, está uma das escadarias do Rio Ganges, ao lado de um lago artificial que já existia e, em 3.000 metros quadrados, foram recriadas as ruas da Lapa.

FESTA DE ARROMBA - Casamento é o tipo de festividade que dura vários dias na Índia - em Caminho são quatro.

As cenas vão ao ar na sexta-feira. "Em geral, os casamentos duram três dias, tanto para ricos quanto para pobres. Aqui, a noiva será levada para casa no quarto dia da festa. Então, ela será testada pela sogra, para provar que sabe fazer trabalhos domésticos", explica a indiana Mallika Rajagopal, consultora em assuntos indianos. Até mesmo os figurantes foram treinados por ela, num curso de três dias.

Segundo a tradição, o noivo, acompanhado de sua família, sai num alegre cortejo pelas ruas, para buscar a noiva em casa. No pacote, tem balé, dança, muita seda e muito ouro. O desfile de trajes preparado pela figurinista da novela, Emília Duncan, é de parar o trânsito dos 12 riquixás - os táxis-bicicletas indianos - que circulam pelas quatro ruas da cidade cenográfica.

Logo atrás da Anusha e seu corpo de baile vem o ator Rodrigo Lombardi, como um príncipe, montado num cavalo branco.

O calor no set é insuportável, a roupa que ele usa é pesada. E, ainda bem, o ator não precisa fazer cara alegre, já que seu personagem se casa obrigado. "Eles são dois desiludidos que, agora numa nova fase na trama, se encontram", observa.

A novela é frequentemente apontada como uma reunião dos grandes clichês indianos. Mas não deixa de ser uma ousadia divertida e oportuna, em tempos do grande vencedor do Oscar Quem Quer Ser Um Milionário?.

Mallika tem uma explicação sobre esse interesse mundial pela Índia. "É um país que prega a alegria e a paz, a vida deve ser vivida como um festival. É daí que vem a moda."




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