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Polícia faz mais do que cuidar da segurança
Por Vanessa de Oliveira
24/09/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 João Victor estava previsto para chegar ao mundo no dia 22 deste mês, mas não quis esperar mais no ventre da mãe, a dona de casa Elisângela Cipriano Bispo da Silva, 35 anos, moradora do Jardim Irene, em Santo André. Há exatamente uma semana, o parto foi feito na casa dela pela PM (Polícia Militar), que foi acionada para prestar auxílio. Trata-se do segundo procedimento realizado por policiais na região neste ano; outros nove de apoio e condução da gestante à unidade hospitalar já haviam sido registrados.

De 2015 a 2016, aconteceram 11 partos e 26 atendimentos de auxílio pré-nascimento. “O telefone 190 acaba sendo o mais lembrado no momento de desespero. Na grade curricular do curso de formação dos policiais militares são abordadas as questões de primeiros socorros e atendimento a parturientes. O assunto é abrangido também no aperfeiçoamento que ocorre anualmente”, explicou o capitão da PM Alexandre João Salomão, porta-voz do CPA/M-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitana 6).

Na véspera do nascimento de João Victor, Elisângela e o marido, o mestre de obras Rodrigo dos Santos Lopes, 35, arrumavam a casa onde haviam acabado de chegar, após se mudarem do bairro Clube de Campo. “À noite, comecei a sentir dores, mas achei que era cansaço. Na manhã do dia seguinte as dores estavam bem mais fortes, não conseguia nem levantar”, lembra a mãe.

Lopes havia saído para conversar com o patrão e, quando voltou, vendo o estado da mulher, chamou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas uma vizinha, ao perceber a luta contra o tempo, acionou a PM. “Quando chegamos, a Elisângela estava deitada em um colchão no chão, gritando de dor”, recorda o cabo Bruno Cesar de Souza, 30, que fez o parto, com auxílio do soldado Gilberto José de Carvalho, 44. “Para a gente, que vivencia tanta coisa ruim, uma situação como essa é um presente”, declarou Souza. O menino nasceu com 47 centímetros e 2,9 quilos. Com a chegada do Samu, mãe e bebê foram encaminhados ao Hospital da Mulher, onde tiveram alta já na terça-feira.

Mãe de sete filhos, outros dois também surpreenderam Elisângela na hora de nascer. “Um veio nos braços do pai, também em casa, e o outro na viatura dos bombeiros, na porta do hospital, em Santa Catarina”, relata. “O João Victor batizou a casa para onde acabamos de mudar”, acrescenta.

Mas não são somente estes tipos de casos que os policiais são convocados a ajudar. Eles também são acionados para engasgamentos, especialmente em bebês após a amamentação. De acordo com a PM, na região são registrados de 35 a 40 atendimentos anualmente. “Já pelo telefone, a gente orienta para que a pessoa realize manobras de desobstrução das vias aéreas, enquanto o socorro médico está a caminho”, explica o capitão Salomão.

GUARDA CIVIL
A GCM (Guarda Civil Municipal) também está apta para apoiar gestantes e prestar socorro em casos de acidentes. Em Santo André, de 2015 até agora, foram nove registros de condução de parturientes ao hospital – três em cada ano. No dia 17, em São Bernardo, guardas reanimaram criança de 5 anos que ficou desacordada após cair de brinquedo com altura de 1,5 metro, no Parque Salvador Arena.

A Prefeitura de Mauá não soube informar a quantidade de ocorrências, mas destacou caso, neste ano, no qual uma criança foi socorrida no Jardim Zaíra por engasgamento. As demais cidades não repassaram informações.




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