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Consumidor quer comprar imóveis
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
27/03/2011 | 07:06
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O Índice de Confiança do Comprador, da Lopes Inteligência de Mercado, divulgado neste mês, aponta que o consumidor está confiante para comprar imóveis de até R$ 250 mil. Pesquisa que ouviu 562 pessoas aponta que o indicador acumulou 142 pontos em fevereiro, alta de 4% sobre janeiro. Do total, 61% dos entrevistados disseram que a intenção de compra é alta. O mesmo desejo era de 43% em janeiro.

Os estudos concluíram que, dos pesquisados, 95% estimam comprar residências nos próximos meses, e a tendência é de que, durante o próximo semestre, as vendas continuem aquecidas.

CUIDADOS NA COMPRA - Na maré de consumo, reflexo do boom imobiliário que o País vive, alguns cuidados devem ser tomados pelo consumidor. Especialmente no caso de compras por terceiros.

Aline Riguetti, presidente da Ammiga (Associação de Moradores e Mutuários Insatisfeitos da Grande São Paulo), calcula que hoje existam na entidade 196 contratos de gaveta no Grande ABC.

Todos sem nenhum problema entre as partes, por ter havido cautela entre os envolvidos na compra e venda. "Geralmente esse tipo de acordo, se feito de forma cuidadosa, não traz problema algum para nenhuma das partes, pois há garantias de que uma eventual penhora não prejudicará quem compra", diz Aline.

E a pressa na compra de uma casa só atrapalha. "A pessoa fica no anseio pela compra do imóvel próprio e acaba atropelando todos os procedimentos básicos, o que pode prejudicá-la", atesta a especialista.

A consultora em direito imobiliário Lúcia Tucci destaca as certidões fiscais como as mais importantes aos olhos do consumidor que optar pelo usado.

"Outra dica é lembrar sempre de que, quando o imóvel tem taxa de condomínio, é necessário solicitar a certidão de quitação de todos os débitos condominiais", afirma Lúcia.

ADVOCACIA PREVENTIVA - As especialistas foram unânimes em apontar que a consulta a advogados na fase inicial do processo, antes de fechar qualquer contrato - a chamada advocacia preventiva - é saída importante para não cair no conto do vigário.

Como aconteceu com Heitor Sanches, que agiu de boa fé e pode ter perdido R$ 260 mil. Tudo porque deixou de exigir documentos básicos, como as certidões fiscais, além de certidão negativa de ações trabalhistas.

Aline pondera que geralmente só há a procura por advogados quando os problemas já são sérios, em que acordos e processos judiciais são a única saída para se reaver um imóvel.

Cumprir o processo burocrático na compra dos usados alonga o tempo até que o comprador possa mudar para a nova casa. Mas a espera é indispensável, segundo as especialistas.

"Elas evitam um prejuízo que pode custar uma vida de trabalho e sacrifício. Fazer maus negócios é muito fácil, é preciso ter muita calma nessa hora", alerta Aline.

Após o processo de requisição de documentos, é preciso registrar o nome do bem para o novo proprietário.




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