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Mulheres querem sexo mais espontâneo e com diálogo
Por Aline Mazzo
Do Diário do Grande ABC
27/01/2007 | 19:45
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As mulheres com 40 anos ou mais foram decisivas: sexo é bom, mas só se for espontâneo e com bastante diálogo. Esse foi o resultado de uma pesquisa mundial, realizada em 14 países, em busca do novo perfil sexual da mulher moderna.

Foram entrevistadas mais de 14 mil mulheres. Elas falaram abertamente que gostam de sexo, tanto quanto os homens, mas precisam se sentir atraídas por seus parceiros e fazem questão que eles criem um ‘clima’ antes da transa.

"Como essa mulher já está realizada nos campos financeiro e emocional, fica mais exigente e busca por satisfação sexual também”, explica a psiquiatra e coordenadora do Projeto Sexualidade, da USP (Universidade de São Paulo), Carmita Abdo.

Segundo a especialista, a maior reclamação das mulheres dessa idade é o sexo automático. “A convivência de muito tempo com um mesmo parceiro e a rotina atribulada acabam afetando a hora do sexo, que fica com jeitão de compromisso e não de prazer”, observa.

A pesquisa também explorou o impacto da disfunção erétil masculina no relacionamento, sob a visão feminina. As brasileiras são as que mais se incomodam com o problema. “Muitas mulheres querem ajudar os parceiros, mas não sabem como eles se sentem, porque poucos dividem a angústia de conviver com a disfunção erétil”, diz o urologista do Hospital Albert Einstein Charles Rosenblatt.

Cada vez mais, homens na faixa dos 40 anos têm apresentado problemas de ereção. “Boa parte dos casos tem fundo emocional. Isso é reflexo de um estilo de vida nada saudável e da prática do sexo sem envolvimento, feito desde a juventude”, afirma Rosenblatt.

Os problemas na hora do ato sexual surgem quando essa mulher exigente se depara com um homem inseguro. Ela fica esperando uma performance mais que especial e ele só tem cabeça para pensar em manter sua ereção por mais tempo. “Como o casal não conversa, ela tem a impressão de que ele é egoísta, pois só está preocupado consigo mesmo, e ele pensa que a parceira é fria, por não valorizar o esforço que ele fez”, explica Carmita.

Para estimular esse diálogo, Rosenblatt pede que seus pacientes tragam as parceiras para uma verdadeira terapia no consultório. “Elas sempre reclamam que eles escondem quando tomam comprimidos para ter ereção e pedem mais envolvimento”, constata. Com esse método, o urologista garante que os casos de fundo psicológico são resolvidos sem tratamentos.

Carmita Abdo também é enfática em afirmar que o sexo só melhorará depois que todos demonstrarem suas vontades. “As mulheres precisam revelar onde querem ser tocadas e de que maneira. Nenhum homem nasce sabendo isso."




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