Os indicadores da educação melhoraram na última década, segundo dados do Censo 2000 divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proporção de pessoas alfabetizadas entre os jovens de 10 anos de idade aumentou de 80,3% em 1991 para 87,2% em 2000. O número mostra que 120 milhões de brasileiros se consideraram aptos a ler e escrever.

A taxa de alfabetização aumentou em todas as idades, principalmente entre os jovens de 10 e 14 anos e a partir dos 40 anos. Segundo o IBGE, o número reflete as políticas voltadas à expansão do acesso dos jovens ao ensino fundamental e a necessidade de elevação do nível de escolaridade para entrar no mercado de trabalho.

No entanto, o Censo 2000 mostra que há 17,6 milhões de analfabetos de 10 anos ou mais. De acordo com o instituto, o número representa uma das maiores taxas de analfabetismo na América Latina.

Por região, a pesquisa mostra que os maiores índices de alfabetização se concentram nas regiões Sul e Sudeste, as mais ricas do país. O Sul tem a mais alta proporção de pessoas alfabetizadas, 93% em 2000, contra 89,2% em 1991.

O Nordeste, por sua vez, apresenta o pior desempenho, com apenas 75,4% das pessoas de 10 anos ou mais alfabetizadas em 2000. Mas houve uma melhora em relação ao último censo, de 1991, quando essa proporção era de 62,5%.