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USCS alcança número recorde de matrículas

Instituição de Ensino Superior de S.Caetano tem 7.940 alunos; campus na Capital inicia aulas

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
13/03/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Com 7.940 estudantes matriculados na graduação, a USCS (Universidade Municipal de São Caetano) atingiu, neste ano, recorde histórico. Este é o maior número de alunos desde a fundação da instituição de Ensino Superior, há 47 anos. Em entrevista ao Diário, o reitor, Marcos Sidnei Bassi, destaca que a consolidação da universidade é fruto de planejamento e ações práticas, como a implantação da EAD (Educação a Distância) em 2013, abertura de cursos, em especial o de Medicina desde 2014, e também da expansão estrutural, o que inclui desde obras de melhoria até a instalação de campus na Capital, a partir deste ano.

O ápice de matrículas anterior foi alcançado em 2004, quando a instituição contava com 7.335 alunos. Neste período, a região passava por ‘boom educacional’, caracterizado pela expansão da rede privada de Ensino Superior, lembra Bassi. “Houve aumento do número de instituições, o que deixou o mercado mais competitivo. Depois disso, no entanto, as matrículas foram caindo até chegar a menor marca, em 2009, com 4.600 alunos”, diz o reitor da USCS desde 2013.

Durante o momento de crise, a universidade também passou pela troca do nome de Imes (Instituto Municipal de Ensino Superior) para USCS, em 2008. A recuperação foi possível graças a ações como a mudança da anualidade para a semestralidade e remodelação da grade de graduação, com a criação de escolas. Hoje são nove: Escola de Comunicação, Escola Tecnológica de Negócios, Escola de Negócios, Escola de Computação, Escola de Direto, Escola de Saúde, Escola de Engenharia, Escola de Psicologia e Escola de Educação, somando 29 cursos. Houve ainda a implantação da EAD e da Medicina, que se tornou vitrine para o País.

“Acredito também que a ampliação de alunos é fruto de trabalho interno, como a criação da ouvidoria, o que aproximou os estudantes da reitoria para tratar dos problemas, e ações externas, como é o caso do projeto Universidade Aberta junto às escolas do Ensino Fundamental e Médio e também do Desafio de Redação, que ajudou a deixar a marca USCS ainda mais conhecida na região”, diz Bassi. O concurso literário promovido pelo Diário em parceria com a universidade está na décima edição e premia as melhores redações de estudantes das sete cidades. O vencedor recebe bolsa de estudos integral na instituição de Ensino Superior.

Foi com a chegada da Medicina que a USCS passou a atrair jovens de outros Estados. Em seu primeiro vestibular, a graduação recebeu 2.394 inscrições para 60 vagas. Dos aprovados, 42 são do Estado de São Paulo, um de Goiás, quatro do Maranhão, oito de Minas Gerais, um de Mato Grosso, dois do Paraná, um do Rio Grande do Sul e um do Tocantins. “O que chamou a atenção foi que é uma instituição municipal e, pelo vestibular ser via Vunesp, traz credibilidade”, destaca o futuro médico Gabriel Aguiar, 23 anos, estudante do 3º ano da primeira turma de Medicina e natural de Santos. O colega, Rafael Malaquias Vidal, 21, ressalta a qualidade do curso. “Ficamos impressionados com o corpo docente, a infraestrutura, tanto da universidade quanto das UBSs (Unidades Básicas de Saúde)”, garante. Ambos passaram a morar em São Caetano em 2014.

Amanhã, a universidade inaugura seu campus na Capital. O curso de Medicina será oferecido em parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. A novidade permitirá a abertura de 120 vagas por ano. “Esse convênio com o Sírio facilita a expansão da marca USCS na Capital e a meta é ampliar a oferta de cursos gradativamente”, ressalta o reitor. A intenção é que os cursos de Tecnologia, Tecnologia em Recursos Humanos, Gestão Empresarial, Administração e Direito sejam disponibilizados no campus da Capital a partir de agosto.

 

Meta é chegar a 12 mil estudantes

A meta da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) é chegar a 12 mil alunos, número considerado ideal pelo reitor, Marcos Sidnei Bassi. “Acredito que é uma boa marca. Capaz de trazer receita suficiente, mas não um número tão grande, para manter a relação próxima com o aluno”. Para este ano, a universidade tem orçamento de R$ 58,2 milhões.

A ampliação do número de estudantes, no entanto, depende da expansão estrutural. A instituição abriu edital de PPP (Parceria Público-Privada) para construção de prédio no campus Barcelona. A expectativa é que as obras comecem no início de 2017 e que sejam concluídas em até dois anos. “Será um espaço com teatro, salas de aula. Queremos ampliar também os cursos, crescer nas Engenharias (Civil e Mecânica) e Arquitetura, mas para isso é preciso de mais espaço.”

Se o fato de ser universidade municipal e que não visa lucros traz benefícios, a medida que não precisa cortar despesas e todo o superávit é reinvestido, também traz problemas, como o fato de precisar se submeter a processo licitatório para ampliar os serviços. “Temos a vantagem de poder corrigir a mensalidade abaixo da inflação quando possível”, diz Bassi.

ORGULHO

Para quem viu a universidade nascer, olhar sua evolução é motivo de orgulho. O aposentado José Carlos Baor, 68 anos, integra a primeira turma de formados do curso de Administração da instituição, em 1972. “A formação abriu as portas para um bom emprego, elevou meu padrão de vida e possibilitou o sustento da minha família”, destaca o morador de Santo André.

Baor considera que um dos acertos da USCS foi sempre investir no quadro docente. “É um trabalho de direção bem sucedido ao longo do tempo. Naquela época tinha 240 alunos.”

 




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