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Azulão encara pedreira em Mirassol

Time da casa não perde há sete rodadas, mas time
conta com espião para vencer o confronto das 20h30

Felipe Simões
09/03/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O São Caetano enfrenta, às 20h30 de hoje, o Mirassol, uma das pedreiras da Série A-2 do Campeonato Paulista, com objetivo de manter a liderança e a invencibilidade, que já dura 11 partidas, em duelo válido pela 12ª rodada. Além de ser um adversário tradicionalmente difícil por conta da qualidade do elenco e da desgastante viagem até o Interior, que dura cerca de seis horas, o Leão não perde há sete jogos e é o terceiro colocado do Estadual.
Apesar da dificuldade, o Azulão tem um espião que pode dar o caminho das pedras para explorar as fragilidades do Mirassol – o técnico Luís Carlos Martins, que soma seis passagens pelo clube do Interior.

“Já subi o time três vezes e consegui salvá-lo do rebaixamento algumas outras, quando fui lá para isso. E fui um dos treinadores em uma das vezes que o time subiu para a Primeira Divisão”, recordou-se. “Conheço bem o Mirassol, eles têm um bom time e a torcida comparece em peso”, emendou o técnico – o Azulão deve encontrar estádio cheio, já que a FPF (Federação Paulista de Futebol) realizou a promoção Futebol Sustentável, em que o torcedor troca duas garrafas PET por um ingresso.
Para ser superior e voltar com ainda mais boas recordações do Interior, Martins tem a receita. “Precisamos ter inteligência e os pés no chão. Não podemos perder o equilíbrio”, finalizou o técnico.

O São Caetano não poderá contar com três jogadores para o confronto em Mirassol. Lesionados, o lateral-direito Grafite e o volante Esley continuam fora. Já o lateral-esquerdo Bruno Recife está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e dará lugar a Thiago Pereira, que fará seu segundo jogo como titular com a camisa azulina – ele soma quatro aparições na competição.

A boa notícia é que o atacante Jô retorna de suspensão e está à disposição.


Neto festeja melhor fase da carreira


O São Caetano vive boa fase na Série A-2, mas o momento do meia Neto é para lá de especial. Além das boas atuações, ele tem sido decisivo e, ao lado do atacante Jô, é um dos artilheiros do Azulão na Série A-2, com quatro gols. Somente com os tentos o jogador contribuiu com seis dos 23 pontos que a equipe somou até agora – 26% do total.

“É o melhor momento da minha carreira em termo de sequência de jogos e gols. Venho mantendo regularidade boa. Isso é bom. Estou ajudando o São Caetano a vencer as partidas e a buscar o acesso”, afirmou o jogador.

“O Jô é um irmãozão meu. Quem fizer gol vai ajudar o São Caetano. Aqui não tem vaidade nenhuma. O ambiente é bem tranquilo, todo mundo se ajuda”, completou ele, sobre a disputa com o companheiro na artilharia.

“O mais importante é o São Caetano estar vencendo. É importante sempre o centroavante marcar gols, mas não é somente o Jô, é a equipe toda que vai fazer o melhor. O time todo está de parabéns ”, disse o camisa 9.

Além disso, o atacante afirmou que o grupo não pensa na invencibilidade ou em números e está focado em conquistar o acesso. “Na Série D (do Brasileiro) fomos os melhores em tudo e não conseguimos o acesso. É ter os pés no chão e continuar trabalhando”, destacou.


Clube inicia trocas de garrafas PET por ingressos para duelo de sábado


Em parceria com a FPF (Federação Paulista de Futebol), o São Caetano reeditará a promoção Futebol Sustentável para o duelo de sábado, às 16h, contra o Bragantino, no Anacleto Campanella. O torcedor poderá trocar duas garrafas PET por um ingresso para o setor descoberto do estádio – 3.000 entradas foram destinadas para a ação.

Até o fim da tarde de ontem, cerca de 900 bilhetes haviam sido trocados. Os interessados devem levar os itens a um dos três pontos de troca – o Recanto dos Bengala Azul, no Estádio Anacleto Campanella, à Avenida Valter Thomé, 64, bairro Olímpico; a sede social do clube, à Avenida Fernando Simonsen, 190, bairro São José; e a sede da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), à Rua Xingu, 175, bairro Santa Maria. As trocas vão até sexta-feira, das 9h às 17h, ou até as entradas se esgotarem.

No fim do ano passado, o Azulão recebeu a campanha, que encheu o Anacleto Campanella na reta final da Série D do Campeonato Brasileiro. A ação começou nas oitavas de final, ante o Coruripe, e seguiu nas quartas, contra o Botafogo, quando 12.244 pessoas compareceram ao empate sem gols que classificou a equipe de Ribeirão Preto às semifinais e lhe garantiu o acesso à Série C.


Entidades se solidarizam com repórter fotográfica do Diário

Marina Brandão foi xingada por torcida organizada do São Caetano; clube não se pronuncia


A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a Arfoc-SP (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo) repudiaram a atitude da torcida organizada Gladiadores, do São Caetano, pela atitude e pelos xingamentos proferidos contra a repórter fotográfica Marina Brandão, do Diário, sábado, quando a profissional cobria a partida entre São Caetano e Guarani pela Série A-2, e se solidarizaram com a profissional. Ela foi alvo dos torcedores por ter registrado confronto deles com a PM (Polícia Militar) nas arquibancadas do Anacleto Campanella.

A Fenaj criticou a postura e se solidarizou com a profissional. “A Fenaj condena toda e qualquer violência contra jornalistas no exercício da profissão. Nossa solidariedade à repórter fotográfica Marina Brandão, do Diário do Grande ABC, que foi hostilizada, e nosso veemente repúdio aos que a agrediram. Que a direção do clube repreenda sua torcida e a eduque para que agressões contra jornalistas não voltem a ocorrer”, escreveu a instituição, em nota assinada pela diretoria executiva.

A ABI lamentou o fato e ressaltou que a profissional estava apenas fazendo seu trabalho. “É absolutamente lamentável que uma torcida de futebol se porte contra uma profissional que está fazendo seu trabalho, especialmente uma mulher. Eu, como cidadão e jornalista, lamento profundamente o ocorrido. Nos solidarizamos com a fotógrafa e acredito que isso não representa a maioria da torcida do São Caetano”, afirmou Moura Reis, diretor da representação da ABI em São Paulo.

Presidente da Arfoc-SP, Rubens Chiri repudiou o ato dos torcedores do São Caetano e afirmou que atitudes como essas não podem continuar acontecendo com profissionais de imprensa. A entidade publicará nota oficial de repúdio ao caso nos próximos dias em seu site oficial.

Procurado, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, afirmou que não iria se posicionar sobre o caso. 




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