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DM Robótica cogita importar peças
Por Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
08/05/2005 | 14:28
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O mercado interno também sofre com a desvalorização da moeda americana ante o real, à medida que o preço dos produtos importados torna-se mais competitivo. Empresas como a DM Robótica, de Diadema, já estudam trocar fornecedores internos por externos para reduzir custos, o que poderá comprometer o índice de nacionalização de componentes dos robôs fabricados, que é de 90%.

  De acordo com o diretor José Luiz Galvão Gomes, itens nacionais usados no processo produtivo estão de 15% a 20% mais caros do que similares importados. “A substituição será inevitável se persistir a tendência de desvalorização do dólar. Estamos vendendo sem margem de lucro.”

  Se a empresa optar pela importação de peças, o índice de nacionalização dos rôbos fabricados em Diadema poderá cair para 60%. Entre os fornecedores da DM Robótica estão empresas do Grande ABC como JF Basso (usinagem de peças), DeLara (usinagem/calderaria), Micti (painéis), Eurotex (moto-redutores), SMC (componentes pneumáticos), Engelegho (componentes de montagem), Nakacor (tintas e vernizes) e Elite (componentes elétricos e eletrônicos).

  Em 2001, quando o dólar começou a se valorizar perante o real, a empresa investiu na substituição de itens importados e aos poucos o índice de nacionalização dos rôbos passou de 30% para 90%. Segundo Gomes, a vantagem de ter componentes nacionais é o custo de manutenção mais baixo, prazo de entrega menor, além da possibilidade de desenvolver o produto de acordo com as necessidades do cliente.

  A DM Robótica é a única fabricante de robôs para injeção plástica no Hemisfério Sul. A empresa tem expectativa de aumentar o faturamento 10% neste ano – em 2004, a receita ultrapassou R$ 5 milhões. Para atingir o resultado esperado, a DM Robótica faz planos de triplicar as exportações em 2005. No ano passado, a empresa produziu 50 robôs e exportou quatro unidades para a Argentina. Neste ano, a previsão é destinar de 10 a 15 equipamentos para clientes da Venezuela, Colômbia, Equador e Uruguai.



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