"Temos acionistas universais aqui no Fundo, o que quer dizer que devemos levar em conta a vontade e as opiniões de nossos membros", alguns dos quais são resistentes à iniciativas de outros órgãos internacionais sobre a luta contra a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal, reconheceu o número três do FMI em uma entrevista.

Esta universalidade implica que o FMI funciona de maneira consensual, segundo as regras da unanimidade, e não pode aprovar pontos de vista que alguns de seus membros rejeitam, afirmou Aninat. "Trabalhamos segundo o princípio de convergência", afirmou, admitindo que entre seus membros, o Fundo inclui países que foram oficialmente identificados como possuidores de práticas fiscais ilegais. "Ainda não dispomos de um instrumento especial de luta contra a lavagem de dinheiro", assinalou.

Antes do fim de junho, o FMI deve discutir uma nova metodologia, mas "queremos uma aproximação construtiva" e alguns membros "não poderão mudar seu sistema de um dia para outro", estimou Aninat.

Ainda segundo ele, é por isso que os avanços do FMI em matéria de luta contra a lavagem de dinheiro serão mais lentos do que alguns países desejam, a França em particular.