Filho do prefeito Luiz Olinto Tortorello (morto em 2004), Luizinho Capovilla Tortorello acertou ontem sua filiação no PEN de São Caetano. Segundo Gilberto Costa, pré-candidato do partido ao Palácio da Cerâmica, a chegada de Luizinho “serve para desmistificar” os boatos de que, na reta final, ele irá retirar seu projeto majoritário.

“A vinda do Luiz é de peso sem dimensão. Há saudosismo positivo na cidade quando se lembra do governo de Tortorello. Quando falam em Tortorello lembram de época boa. É legado para o PEN, soma com forças que vão nos conduzir a um bom caminho para a eleição de 2016”, disse o ex-vereador. “Cria opção para o munícipe da cidade escolher no ano que vem. Pessoal comenta muito terceira via, mas isso não existe.”

Gilberto não quis antecipar o papel de Luizinho Tortorello no pleito. “Pode ser candidato a vice ou a vereador, reforçando a chapa proporcional. Vamos definir somente lá na frente.”

Luizinho chegou ao PEN depois de sair do DEM, alegando que a direção estadual determinou aliança democrata com a candidatura à reeleição do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) sem consultá-lo. O novo filiado evitou dizer que o PEN será terceira via na eleição.

“Se você for pegar o histórico de São Caetano, a oposição sempre foi muito esquisita, porque não era muito oposição. Era alguém do grupo governista que decidiu concorrer contra o governo. Daremos alternativa ao povo de São Caetano”, afirmou ele, ao citar as campanhas de Pinheiro e do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).

Embora tenha se esquivado ao se colocar como oposição, Luizinho Tortorello teceu críticas à atual gestão. “Se você me perguntar se gosto do governo, vou dizer que não. E não queria participar desta administração também”, sintetizou.

OUTRA BAIXA
Além de Luizinho Tortorello, o DEM perdeu outro quadro: o ex-vereador Tite Campanella. Tite, que chegou a ser secretário de Governo, ficou à margem dos debates políticos depois de ser flagrado no polêmico episódio do mensalinho, ao lado do ex-vereador Edgar Nóbrega.