Setecidades Titulo
Balsa do Riacho será trocada na 5ª
Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
15/01/2005 | 14:31
Compartilhar notícia


O que já é um transtorno vai ficar ainda pior. No verão, o tempo de espera para atravessar a represa Billings, entre o Riacho Grande e o bairro Tatetos, em São Bernardo, com a utilização da balsa, é de duas horas. Mas finais de semana tranqüilos assim estão com os dias contados. Já a partir do próximo, os motoristas que precisarem chegar à outra margem da represa podem levar até quatro horas na fila. A partir de quinta-feira, dia 20, a embarcação João Basso, que precisa de reparos, será trocada por uma de menor porte, que levará só 18 carros e 90 passageiros. A balsa atual transporta 32 veículos e 120 pessoas por viagem.

"Estamos pedindo que a balsa só seja utilizada em casos estritamente necessários. A represa é bem grande e há outras opções, como a prainha do Riacho Grande e o Parque Estoril. Sem contar a grande quantidade de pesqueiros em outras regiões da represa", afirma o subprefeito do Riacho Grande, Donizeti Ribeiro de Macedo.

Ele admite que, com a substituição da balsa durante o período de maior movimento, o lazer pode se transformar num "inferno". "Realmente vai ficar complicado. E por isso estamos orientando as pessoas para que encontrem outros locais para o lazer; assim, os moradores que necessitam da balsa para se locomover não serão tão prejudicados", explica. A previsão é de que a manutenção da embarcação leve cerca de cem dias. Em abril, quando deve entrar novamente em operação, voltará reformulada, com uma rampa exclusiva para o acesso de pedestres e nova sinalização com normas de segurança.

Do outro lado da Billings, no bairro Tatetos e Núcleo Santa Tereza, vivem cerca de 3 mil famílias, ilhadas do resto do Grande ABC pelas águas do reservatório. Para sair do isolamento, precisam obrigatoriamente utilizar a balsa. Com a troca, só 90 pessoas e 18 carros serão transportados por vez, segundo a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), responsável pelo sistema. A manutenção das balsas é uma exigência da Marinha do Brasil e precisa ser feita a cada quatro anos. Para isso, é necessário retirá-las da água.

O subprefeito do Riacho Grande afirma que a última vistoria feita na embarcação venceu em novembro e que tanto a Prefeitura quanto a Emae tentaram, sem sucesso, estender o prazo para não comprometer o serviço em pleno verão. "Os mergulhadores constataram que algumas partes do casco estavam bastante corroídas. Isso representa um risco para quem utiliza a balsa. Não é um risco iminente, mas é um risco e não podíamos mais esperar", argumenta Macedo.

A balsa que cumpre os 600 metros que separam Riacho Grande e o bairro Tatetos transporta em média 54 mil veículos por mês. De dezembro a março, o número ultrapassa os 60 mil, com picos nos fins de semana.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;