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Carros equipados têm maior desvalorização
Por Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
19/09/2007 | 07:08
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Equipar carros deixou de ser um bom investimento. De acordo com pesquisa da Agência AutoInforme, com base na cotação da Molicar, o carro básico deprecia 12,71% após um ano de uso, enquanto que o completo perde 15,07% do valor.

Segundo José Carlos Pontes, da Agência AutoInforme, o que justifica esse comportamento são os longos prazos de financiamento. “Hoje o brasileiro não tem mais o conceito de comprar carro para ganhar dinheiro”, afirma.

Outro motivo é que o consumidor não sabe valorizar os itens adicionais, muitas vezes por não conhecer as funções. “É o caso dos freios ABS. O brasileiro não tem hábito de comprar, não dá valor para isso”, observa Pontes.

Marcas - O levantamento reuniu todos os veículos de cada marca, independentemente de categorias e versões. A Citroën foi a que apresentou a menor diferença de depreciação entre o modelo básico e o completo: 1,4%.

Segundo a agência, os carros de entrada da marca francesa são os mais equipados em relação aos concorrentes, com pouca diferença entre os mais completos.

Por outro lado, os modelos básicos da Fiat depreciam 12,16% no primeiro ano e os completos perdem 15,80%, uma diferença de 3,64%.

Procura - A pesquisa mostra que os modelos com menor desvalorização são os que as montadoras têm dificuldade de abastecer, devido à alta procura do mercado.

É o caso das versões de entrada do Honda Civic e do Fit, que perdem apenas 9,91% do preço após um ano de uso. Entretanto, a diferença para a versão com todos os opcionais chega a 2,47 pontos, com depreciação de 12,38%.

Por outro lado, os carros que desvalorizam mais são os de nicho de mercado, por ter baixa procura. É o caso dos jipes e monovolumes, como a Zafira (GM).

Negócio - Diante desses resultados, a recomendação da AutoInforme é que se troque o carro somente após dois anos da compra, porque a desvalorização é maior nos 12 primeiros meses.

Além disso, hoje, itens complementares devem ser vistos como opção de conforto e não de negócio. “Você pode conseguir vender mais rápido um carro mais completo, entretanto, não vai ganhar mais dinheiro em relação a quem vende um veículo básico”, afirma Pontes.




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