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Mauá acumula dívida de R$ 824 mil com aluguéis

Prédios locados pelo Paço abrigam secretarias, equipamentos de Saúde e até delegacias

Júnior Carvalho
Daniel Macário
24/07/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Dívidas do governo da prefeita interina de Mauá, Alaíde Damo (MDB), com aluguéis atrasados chegam a quase R$ 824 mil, segundo levantamento feito pelo Diário. Assim como tem ocorrido com a gestão do prefeito Lauro Michels (PV), de Diadema, os débitos do Paço mauaense são com empresas e pessoas físicas proprietárias de imóveis que abrigam diversos prédios públicos. Não há, necessariamente, ações exigindo despejos e cobranças, como houve no município diademsense.

A Prefeitura de Mauá tem atrasado essas mensalidades pelo menos desde maio e os valores dizem respeito a mais de duas dezenas de prédios particulares que o governo aluga há anos para sediar vários órgãos públicos, desde as estruturas administrativas de várias secretarias do Paço a equipamentos de Saúde, como no caso dos centros de Referência em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente e de Reabilitação, no Centro. Com essas unidades, o Paço mauaense acumula R$ 29 mil em dívidas, referentes às prestações de junho e de julho. O próprio aluguel da sede da Secretaria de Saúde está atrasado – R$ 35,3 mil em mensalidades atrasadas.

Mais seis secretarias, além da ouvidoria, também estão abrigadas em edifícios particulares e que os carnês não estão em dia. O débito mais elevado é com a empresa AVP Empreendimentos Imobiliários, que administra o prédio onde a Pasta de Serviços Urbanos está instalada: R$ 152 mil, relativos a três parcelas em atraso.

Na lista também estão prédios onde funcionam três dos quatro cartórios eleitorais da cidade (zonas 217ª, 364ª e 365ª), na região central. Somando as dívidas com esses três aluguéis, o governo de Alaíde Damo deve R$ 87 mil aos proprietários. Pelo menos dois DPs (Distritos Policiais), o 2º (Guapituba) e o 4º (Jardim Zaíra) cujo aluguel é de responsabilidade da Prefeitura, integram o rol, com dívidas de R$ 10 mil e de R$ 8.000, respectivamente.

O Diário vem mostrando a dificuldade que o Paço de Diadema tem enfrentado para quitar débitos com aluguéis de prédios particulares que abrigam equipamentos públicos. O caso mais emblemático foi o despejo da Secretaria de Defesa Social, então localizada no Centro. Após ação judicial movida pela proprietária do local exigindo a desocupação e cobrando quase R$ 430 mil em aluguéis atrasados, o Paço diademense foi obrigado a entregar as chaves e alocar o setor em outro prédio particular alugado que já abriga uma secretaria de grande porte. À TV Globo, a gestão admitiu as dificuldades financeiras.

Questionado, o Paço de Mauá alegou que os pagamentos “seguem ordem cronológica de vencimento” e atrelou o acúmulo das mensalidades “à insuficiência de recursos financeiros”. A gestão Alaíde também se isentou de responsabilidades. “A situação encontrada pela atual administração era de aluguéis que chegavam de seis meses a um ano de atraso e, mesmo com todas as dificuldades financeiras, a Prefeitura baixou esse valor para dois meses e está providenciando para colocar tudo em dia. A administração está montando equipe para rever os aluguéis, pois existem valores fora da realidade. Nessa revisão, a Prefeitura pretende reduzir em 20% a 30% esses valores e, em alguns casos, colocar serviços em imóveis próprios.”

Emedebista demite secretário e adjunto da Pasta de Trânsito

A prefeita em exercício de Mauá, Alaíde Damo (MDB), exonerou ontem Elder Almeida da chefia da Secretaria de Trânsito e Sistema Viário da Prefeitura.

Elder era indicação do vereador Professor Betinho (PSDC) na administração do prefeito afastado Atila Jacomussi (PSB). Segundo o Diário apurou, a saída de Elder passou pelo parlamentar, que indicou não caminhar com a gestão da emedebista.

Então secretário adjunto do setor, José Carlos da Silva Martins, conhecido como Zé Carlos da Nova Era, também foi demitido. Os substitutos não foram informados.




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