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Atentado suicida em Bagdá deixa quatro mortos
Por Da AFP
28/01/2005 | 11:25
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Um atentado suicida em Bagdá deixou três policiais e um civil mortos nesta sexta-feira — dois dias antes das eleições gerais que os rebeldes tentam sabotar, dirigindo seus ataques contra os locais de votação.

Os quase 280 mil iraquianos inscritos para votar no exterior começaram a depositar seus votos nesta sexta-feira em 14 países - o primeiro foi a Austrália. "Quatro pessoas, sendo três policiais, foram assassinadas e outras quatro, três policiais e um civil, ficaram feridas no ataque suicida perto da central térmica de Dura", sul de Bagdá, informou a emergência do hospital de Yarmuk.

"Às 9h (4h de Brasília), um carro preto se dirigiu a um posto policial na entrada da central. Havia um homem encapuzado ao volante. Ele foi detido, mas poucos segundos depois a explosão acontece", contou um policial. Outro carro-bomba explodiu perto de uma escola da mesma região, que será usada como local de votação. O ataque não deixou vítimas.

Dezenas de colégios eleitorais foram alvos de atentados nos últimos dias, sobretudo na região de maioria sunita ao norte da capital, para dissuadir os eleitores de votar. Ao norte de Bagdá, pelo menos oitos locais de votação foram atacados desde quinta-feira. Um dos atentados, na manhã desta sexta-feira, matou um policial em Kirkuk e feriu outros dois, além de dois civis, segundo a polícia.

Por causa das eleições, foram adotadas medidas de segurança excepcionais nas regiões sunitas e na capital, assim como na cidade santa de Najaf, onde o acesso ao centro histórico está proibido. "No dia das eleições, esperamos um aumento da violência em cidades como Bagdá, Mossul e Ramadi", declarou o general Erv Lessel, porta-voz das tropas americanas no Iraque. "Os terroristas também podem executar ataques em cidades mais tranqüilas como Kerbala ou Najaf para perturbar a votação", acrescentou.

Um militar de alta patente americano acredita que os rebeldes lançarão ataques em Bagdá com carros-bomba e diversos tipos de armas.

O secretário de Estado para a Segurança Nacional, Kasem Daud, anunciou a prisão nos dias 15 e 17 de janeiro de dois assessores do terrorista jordaniano Abu Musab Al-Zarqawi, cujo grupo alertou que impedirá as eleições por qualquer meio. Os detidos são Salah Salam Dubaig al-Obeidi, conhecido como Abu Saif, e Mohamed Yasin al-Isaui. O primeiro é o emir do grupo de Zarqawi para Bagdá.

"Ele se reuniu com Zarqawi mais de 40 vezes em três meses", disse Daud, acrescentando que ele fornece apoio logístico e financeiro ao grupo.




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