Em assembleia ontem, na Câmara, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André rejeitou proposta do Executivo, chefiado por Paulo Serra (PSDB), de reajuste salarial de 2017 dividido em três parcelas anuais (o índice da inflação dos últimos 12 meses, de 4,57%, fracionado em 1,5% em 2018, 1,5% em 2019 e 1,5% em 2020). Com a negativa, os participantes votaram, já na sequência, plano para apresentar contraproposta na reunião de hoje no Paço, com o secretário de Administração, Fernando Gomes (PSDB), tendo como principal item a reposição inflacionária, retroativa a 1º de abril, data-base da categoria.

A administração sinalizou, em algumas ocasiões, que não conseguirá conceder a correção da inflação. “Vivemos momento muito complicado (financeiramente), onde ainda estamos abertos a negociação, sabendo de toda dificuldade posta aos trabalhadores, com achatamento de salários. Esperamos que o governo compreenda toda essa situação, e também esteja aberto a negociar, já que nos dois governos anteriores obtivemos a inflação”, pontuou Wagner do Nascimento, um dos integrantes da nova executiva do sindicato. A entidade chegou a cogitar pedido de incorporação de R$ 150 aos vencimentos, mas o item não teve avanço.

VOTAÇÃO NA CASA
Sem a definição do Paço, a Câmara colocou para votação ontem projeto que concede reajuste de 4,57% sobre os salários dos servidores públicos da Casa – a reposição, neste caso, é retroativa. A proposta contabilizou 20 votos favoráveis e uma abstenção.