Política Titulo Santo André
Diretora detalha os planos do QualiSaúde na Câmara

Em audiência pública, Alecsandra Bartoli reconhece que divulgação das reformas das unidades de Saúde poderia ser melhor

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/09/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Em evento de prestação de contas da Secretaria de Saúde de Santo André, realizada ontem na Câmara, a diretora de gestão estratégica do governo Paulo Serra (PSDB), Alecsandra Bartoli, reconheceu publicamente falhas de comunicação do QualiSaúde, programa que possui como uma das vertentes a modernização de sete equipamentos temporariamente fechados para reforma. Na audiência, que contabilizou presença maciça de munícipes e profissionais da área, a integrante da gestão tucana defendeu o projeto, porém, admitiu que a divulgação poderia ter sido mais bem planejada. “Houve falha de comunicação? Houve, mas existe boa-fé de melhorar atendimento.”

A declaração da diretora se deu justamente quando questionada pelo vereador oposicionista Eduardo Leite (PT) se a administração já fazia mea-culpa em relação ao cenário provocado com a medida no setor, anunciada em julho. Durante a atividade, o petista criticou no microfone a forma com que o programa foi implantado, segundo ele, de maneira repentina em momento de crise na economia e sem preparar a população. “Gerou transtorno que poderia ser evitado”. Alecsandra citou que o projeto foi conversado com gestores das unidades de Saúde. “Talvez a falha tenha sido de comunicação. Nenhum munícipe ficou ou ficará sem atendimento.”

A titular da Saúde, Ana Paula Peña Dias, não compareceu na audiência. Embora o ato fosse para explanar números do segundo semestre da Pasta, moradores que usaram a palavra – alguns exaltados – também acompanharam o discurso contra o programa da Prefeitura. Em ambiente de tensão, o parlamentar governista Lucas Zacarias (PTB) seguiu a linha de populares, sugerindo que o Paço deveria e ainda pode produzir informativos para alertar o público sobre o procedimento adotado nos equipamentos, na tentativa de evitar mais contratempos. “Muitos (moradores) saem com raiva do posto e do governo por falta de informação. Isso acaba respingando na gente (gabinete)”. A diretora ponderou que a demanda será avaliada.

No balanço feito na semana passada, Ana Paula justificou que o governo decidiu interromper, de uma só vez, o funcionamento de cinco UBSs (Unidades Básicas de Saúde), da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Jardim Santo André e do Centro de Especialidades visando “algo que realmente mudasse a cara da Saúde”. “Se fizesse em um equipamento, dos 63 que temos, teria um impacto pequeno. Então optamos por fazer, de forma muito responsável e consciente, as intervenções de uma vez”, relatou, na oportunidade. O prazo estipulado de entrega é até o fim do ano que vem, exceto a unidade Campestre, prevista para janeiro de 2019.

No que se refere aos gastos do setor, a secretaria informou que até agora o Paço já despendeu efetivamente R$ 326,2 milhões de um total de R$ 606 milhões orçados no ano.  




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