O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Ribeirão Pires pretende procurar o prefeito Saulo Benevides (PMDB) para cobrar o pagamento dos 400 servidores que ficaram sem o salário em dezembro. O encontro será agendado na segunda-feira, quando o sindicato retorna de férias.

Os funcionários que tinham mais de R$ 1.200 líquidos para receber no dia 30 ficaram sem os vencimentos referentes ao mês passado. Os 110 médicos da rede municipal e os diretores de escola estão no grupo dos que não tiveram o salário depositado. Pelo menos 370 professores temporários também foram prejudicados e ficaram sem as férias do mês passado.

Apesar das pendências, o ex-prefeito Clóvis Volpi (PV) e os secretários receberam normalmente os seus respectivos subsídios.

A presidente do Sindserv, Dalva Rodrigues, afirmou que a ausência do vencimento surpreendeu a classe no começo do ano. "Vou verificar com o meu departamento jurídico o que pode ser feito. Além disso, tentarei agendar reunião com o Saulo. Ele é o principal personagem dessa história", discorreu.

A principal cobrança será uma data para que a pendência do Executivo seja quitada. "O prefeito vai ter de nos dizer o que vai fazer e quando o salário atrasado vai ser pago", salientou Dalva. O departamento jurídico do Sindserv deve ser acionado no caso e uma ação judicial não foi descartada.

A preocupação é com o depósito do dia 15. O sindicato teme que os servidores voltem a ficar sem receber o benefício. "Precisamos ter resposta sobre o adiantamento, se ele será efetuado ou não", considerou a presidente do Sindserv.

A Prefeitura informou que já trabalha para normalizar a quitação e garantiu que o pagamento do dia 15 "é prioridade para a administração", sem oferecer detalhes da operação no Paço.

O Executivo reiterou que o pagamento será feito sem que haja prejuízo aos serviços essenciais da cidade.