Economia Titulo Natal na região
Compras de última hora lotam comércio

Falta de tempo para ir às lojas foi a principal razão para quem deixou para a véspera de Natal

Andréa Ciaffone
do Diário do Grande ABC
25/12/2013 | 07:07
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Marina Brandão/DGABC


Milhares de pessoas de todas as idades carregando sacolas, lojas com filas quilométricas nos caixas, barracas de ambulantes atraindo freguesia e estacionamentos lotados formaram o cenário da véspera de Natal no calçadão da Rua Oliveira Lima, principal centro de comércio popular de Santo André e que está entre os mais procurados da região. Embora a multidão fosse grande, as pessoas estavam preparadas para a agitação e não reclamaram do movimento intenso dentro e fora das lojas.

“Acordamos cedinho e viemos para cá. Até que estava menos cheio do que a gente imaginava e deu para encontrar quase tudo o que a gente queria”, diz Verônica Eliane de Paula, 30 anos, que foi com sua mãe, Maria José, 53, fazer as compras de presentes para filhos e netos. Ambas são domésticas e moram em Rio Grande da Serra. “Não deu para vir antes. A gente trabalha e só hoje conseguiu folga para fazer essas coisas”, diz Maria José. Em relação aos preços, elas estavam satisfeitas. “Em vista de Ribeirão Pires, aqui está bem mais barato”, avalia Verônica. Apesar disso, a dupla parcelou as compras.

Comprador à vista convicto, o ajudante geral Pedro João da Silva, de Santo André, foi ao calçadão para comprar o presente da mulher. “Sempre deixo para a última hora. É uma estratégia. Dia 24 todo mundo já comprou o que precisava e fica mais tranquilo ir para o comércio e escolher o presente.” Ele admite, entretanto, que nem sempre esse plano dá certo. “Tem ano em que a véspera está uma loucura. Mas neste Natal até que está tranquilinho.”

BONS RESULTADOS - De olho nos compradores de última hora, o ambulante Daniel Cerino, 54 anos, levou um bom lote de meias e réplicas de camisetas de marcas famosas para a Oliveira Lima. “Logo na primeira meia-hora vendi cerca de 10% do meu estoque, Mas, até às 18h (de ontem), isso aqui vai ferver que nem a 25 de Março”, estima o ambulante. “Em dias como hoje, o povo quer preço baixo e muitas vezes não chega a avaliar produtos com mais qualidade.” Cerino afirma que neste ano vendeu mais do que no ano passado. “A pessoa que ganha menos de R$ 1.000 não tem condições de comprar marcas originais. Por isso, as réplicas de grifes caras fazem tanto sucesso.”

Mas, para as crianças, essa estratégia não funciona. Se forem brinquedos, eles precisam ser de marcas confiáveis, aprovadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e, principalmente, ser do gosto do presenteado. Por isso, a técnica em enfermagem andreense Rosana Camargo, 33, levou a filha Naira, 6, para escolher o presente. “Minha escala de trabalho não permitiu que eu viesse antes. Ainda bem que ela achou o que queria”, desabafou Rosana, que foi às compras acompanhada da cunhada, a assistente financeira Michele Sabino, 27 anos, que levou o pequeno Iuri, de 6 meses.

“Viemos cedinho e não tivemos problemas. Mas já dá para ver que está ficando cada vez mais lotado”, observa Michele, com o sorridente e fofo Iuri no colo. Na hora de pagar, as duas preferiram eleger entre pagamentos à vista e parcelado a mais adequada para cada preço.




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