A diretora-presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, e o diretor-presidente da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema), Elbio Camillo Júnior, se reuniram por mais de seis horas para costurarem os últimos detalhes do contrato de concessão do serviço de água e esgoto, que a partir de janeiro será liderado pela estatal.

Os principais pontos do encontro de ontem, na sede da Sabesp, foram ajustes de tarifa que serão cobradas em Diadema. Transferências de recurso acertadas no convênio de 35 anos também estiveram em pauta, já que o governo do Estado prometeu investir R$ 95 milhões imediatamente para obras de drenagem no município.

A expectativa era de que houvesse anúncio da audiência pública que a estatal terá de promover na cidade para explanar sobre sua atuação no município. O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), descartou realizar a atividade em janeiro, quando a Sabesp já estará operando o sistema. “Está no contrato. Vamos realizar a audiência ainda neste ano.”

A audiência pública foi prometida por Lauro quando anunciou acordo com a Sabesp, no fim de agosto. Houve, dois meses antes, divulgação de ações da Sabesp no Legislativo de Diadema, numa atividade bastante tumultuada.

Em setembro, a Câmara de Diadema aprovou convênio com a Sabesp em troca do abatimento total da dívida de R$ 1,1 bilhão entre a Prefeitura e o governo do Estado. O passivo recorria ao rompimento unilateral de contrato para fornecimento de água e esgoto, em 1994, e diferença no pagamento do metro cúbico de água distribuído na cidade.
A Sabesp deve abrir filial em Diadema – provavelmente na sede onde hoje funciona a Saned – como reivindicação da administração municipal.

Já Elbio Camillo Júnior está próximo de se transformar em assessor especial da Secretaria de Obras, auxiliando a atuação do secretário Márcio da Farmácia (PV).