Autarquia estadual já revelou que tem interesse em assumir novamente serviço de água em Mauá
O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), pretende se reunir com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) até o fim do mês para discutir a dívida de R$ 1 bilhão entre a autarquia estadual e a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).
No encontro deve ser levantada a possibilidade da companhia assumir a rede de água mauaense. Em setembro, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, declarou com exclusividade ao Diário que tinha interesse em fechar acordo em Mauá aos moldes do que foi feito em Diadema.
O chefe do Paço diademense, Lauro Michels (PV), irá desativar a Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) para conceder 30 anos do controle da rede de água para a estatal, que assume o passivo da instituição e os funcionários.
A dívida que Mauá tem com a Sabesp é R$ 100 milhões menor do que a pendência que Diadema possui (R$ 1,1 bilhão). Portanto, existe expectativa de que o acordo proposto seja bastante parecido.
Donisete demonstrou que tem interesse em ouvir a oferta e acompanhar de perto as transações em Diadema. “Queremos dar uma condição melhor na questão da dívida, que existe. Desejamos um plano de investimento. A Sabesp se sente muito incomodada de não ter condição boa para pactuar um acordo. O desafio é das duas partes”, analisou.
O petista reiterou que a pendência precisa ser resolvida para angariar recursos federais e estaduais para o saneamento básico municipal. “Temos necessidade de investimento de R$ 150 milhões para construção de rede de água”, considerou.
O tratamento de água e esgoto tem sido polêmico na cidade. O Executivo encaminhou ao Legislativo o plano de saneamento básico, que dá brechas para privatizar a Sama. “Independentemente da questão de saneamento, o município tem que se antecipar e avançar. As coisas demoram muito. São burocráticas”, desconversou o prefeito. A rede de esgoto em Mauá é gerenciada pela Foz, do grupo Odebrecht. O contrato vai até 2031. A água ainda está com a Sama.
Donisete reiterou que o plano encaminhado ao Legislativo serve para negociação de dívida de R$ 13,8 milhões entre a Prefeitura com a Foz e a Sama. A lei sofre resistência entre os vereadores.
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