A necessidade de adequações nos sistemas de iluminação pública fez com que o mercado de PPPs (Parcerias Público-Privadas) na área ganhasse impulso. No entanto, no Grande ABC, os projetos ligados ao setor ainda estão longe da implementação. De acordo com levantamento feito pela Radar PPP, de 2014 até o presente momento, Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema deram início a processos de consulta e seleção de projetos. Entre todos, Mauá chegou a ter o contrato de PPP assinado em novembro de 2016, na gestão do ex-prefeito Donisete Braga (Pros, à época no PT), mas desde então o processo não teve evolução.

Já o Paço andreense chegou a publicar um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), em 2014, quando era administrado pelo ex-prefeito Carlos Grana (PT). Por outro lado, o governo atual, de Paulo Serra (PSDB), informou que não pretende dar prosseguimento à PPP e que aposta no programa Banho de Luz. “Ressaltamos que a cidade tem recebido importantes investimentos na área de iluminação pública, por meio do programa Banho de Luz, que vai modernizar 20 mil pontos de iluminação com recursos da CIP (Contribuição de Iluminação Pública)”.

São Bernardo, por sua vez, iniciou consulta pública em setembro de 2015, mas não avançou no projeto. O governo do prefeito Orlando Morando (PSDB) comunicou, por meio de nota, que está analisando o assunto internamente. “A PPP de 2015 está sendo revisada. A manutenção preventiva e corretiva, no que se refere à iluminação pública, tem sido feita por contrato, com duração anual”, completou.

Sócio da Radar PPP, Bruno Pereira destacou que a opção pelas PPPs pode ser vantajosa para as prefeituras. “O principal ponto positivo é que o formato favorece os governos que contam com recursos orçamentários limitados para modernizar os sistemas mais antigos. A empresa que assume uma PPP como essa vai investir em equipamentos mais modernos, como as lâmpadas de LED e fazem uma estrutura para 15 a 20 anos”, pontuou.