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Inundações se estendem na Austrália
Da AFP
05/01/2011 | 11:32
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Da AFP


As inundações sem precedentes que atingem o estado de Queensland, nordeste da Austrália, se estenderam a quarenta cidades da região e agora ameaçam a Grande Barreira de Corais devido ao lixo e pesticidas vertidos no mar pelas águas das cheias.

Essas águas poluídas constituem um 'coquetel' perigoso para o equilíbrio frágil deste ecossistema único, inscrito no Patrimônio Mundial da Unesco e importante atração turística da costa leste.

Nesta quarta, o número oficial de localidade diretamente afetadas pelas inundações passou de 22 a 40, conforme anunciou a primeira-ministra de Queensland, Anna Bligh.

Entre elas, Saint George, uma localidade com 2,5 mil habitantes, onde, por causa das cheias do rio Balonne, os pacientes de um hospital tiveram de ser evacuados e uma série de diques está sendo improvisada.

Segundo a Agência de Meteorologia, o nível do rio Fitztroy, que cruza a cidade de Rockhampton, deve chegar ao máximo nesta quarta.

Rockhamtpon, 75 mil habitantes, situada a 500 km de Brisbane (costa leste), é uma das principais cidades desta região agrícola e mineira, que sofre inundações que afetam mais de 200 mil pessoas em uma zona equivalente à soma das superfícies da França e da Alemanha.

O nível do rio Fitzroy deve manter-se muito acima de seu nível de alerta durante uma semana depois de ter chegada a seu máximo, precisaram os serviços meteorológicos.

Para agravar ainda mais a situação, os serviços meteorológicos lançaram um alerta de tempestade para o sul de Queensland, com risco de chuvas fortes e um rápido aumento do nível das águas.

As cheias recordes dos rios ameaçam agora as cidades do Estado vizinho de Gales do Sul.

As inundações já custaram um bilhão de dólares australianos à indústria mineradora local, que abastece metade da demanda mundial de coque de carvão necessário para a indústria siderúrgica.

Segundo a ministra de Recursos do Estado, o setor está perdendo US$ 100 milhões diários.

"Nossas minas estão paralisadas em 75% devido às inundações, e isso significa um grande impacto sobre os mercados internacionais e sobre a produção mundial de aço", declarou a ministra Anne Bligh.

Os serviços de socorro temem que o nível das águas permaneça elevado durante pelo menos duas semanas, favorecendo a proliferação de mosquitos vetores de doenças.

Também alertou a população para a presença de cobras e crocodilos, trazidos pelas águas.




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