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Termina horário de verão; relógios devem ser atrasados 1 hora
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
18/02/2006 | 08:42
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Termina à meia-noite deste sábado o horário de verão. Moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão de atrasar os relógios em uma hora. Levantamento preliminar do Ministério de Minas e Energia aponta que a meta de redução de energia no horário de pico foi atingida. A redução foi de 4,6% (1.665 megawatts) no Sudeste e Centro-Oeste e 5,6% (560) no Sul. No total, a redução é de 2.225 megawatts, equivalente ao abastecimento de uma cidade com 4,5 milhões de habitantes.

No verão passado, a redução foi praticamente a mesma, de 2.387 megawatts no horário de maior demanda. A medida, que tem como objetivo evitar sobrecargas no horário de pico (entre 19h e 22h), estava em vigor desde o dia 16 de outubro. Os números definitivos devem ser apresentados em 30 dias.

De acordo com o ministério, os benefícios com a redução de cargas nos subsistemas das regiões Sudeste e Centro-Oeste equivale à carga, no horário de pico, da Região Metropolitana de Belo Horizonte (cerca de 1,7 mil megawatts). Já na região Sul, a redução equivale a 90% da carga no horário de Pico de Porto Alegre (cerca de 620 megawatts).

A maior redução ocorreu em Mato Grosso do Sul, com queda de 7,6%, seguida de Rio Grande do Sul (6,3%), Paraná e Goiás (6,2%), Mato Grosso (5,9%), Rio de Janeiro (5,8%), São Paulo (4,8%), Santa Catarina (4,1%), Espírito Santo (3,8%), Minas Gerais e Distrito Federal (3,4%). Em São Paulo, a diminuição foi de 856 megawatts, quase metade do consumo da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Pelas contas do ministério, a economia permite a diminuição de investimentos em geração e transmissão, o que evitaria, por exemplo, a construção de usinas térmicas a gás no valor equivalente a US$ 1, bilhão.

Despedida – A diretora-social do Corinthians Futebol Clube, de Santo André, Elenice Santini, 55 anos, vai se despedir do horário de verão cumprindo a rotina dos últimos dias. “Como o dia fica mais longo, aproveito para curtir a piscina depois do meu expediente.”

Para o estudante de Engenharia Ambiental, Eduardo César Cavalcante, 25, a medida não altera sua rotina. “Tem gente que fala que a mudança mexe com o organismo, que não dorme direito, essas coisas. No meu caso, não muda nada. Em termos de economia, creio que esteja sendo bom para o país.” Cavalcante só lamenta “não ver o pôr-do-sol”, já que trabalha das 15h às 21h.




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