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Guerreiros voltam a S.Paulo nos braços dos torcedores
Por Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
18/08/2006 | 08:35
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O elenco são-paulino foi recebido na madrugada de ontem sob os gritos de guerreiro da pequena torcida presente ao aeroporto de Cumbica, às 4h15 da manhã. O grupo, com cerca de 30 torcedores, deu seu apoio ao time, muito diferente de três anos atrás, quando o time era tachado de amarelão. Agora, mesmo depois de perder o título da Libertadores para o Internacional, a delegação do Tricolor pôde passar pelo saguão do aeroporto sem ser ironizada. A rima usada com a palavra pipoqueiro ganhou tom de homenagem: “guerreiro, guerreiro, guerreiro, time de guerreiros”, gritaram os torcedores.

“É claro que eu queria ter ganho este título, porém esta manifestação dos torcedores, às quatro da manhã, chamando o time de guerreiro, não deixa de ser um tipo diferente de consagração”, disse o presidente Juvenal Juvêncio, um dos grandes responsáveis pela mudança de perfil da equipe de 2004 para cá.

Quando assumiu a diretoria de Futebol em 2003, em frangalhos, Juvêncio cortou as despesas, se negou a pagar um salário milionário para o técnico Tite e bancou uma comissão técnica caseira e barata, formada por Roberto Rojas e Milton Cruz.

Tapinhas nas costas e rodinhas para parabenizar até dirigentes formavam um cenário de tumulto em um ambiente praticamente vazio no meio da madrugada. Rogério Ceni foi um dos mais festejados. Lugano, abraçado. “Vocês deram o sangue em campo, isso é o que importa. Agora vamos conquistar o Brasileiro”, disse um torcedor, emocionado. “Vamos fazer o quê? Fomos guerreiros, mas não conseguimos”, resumiu o zagueiro Fabão.

Segundo Juvenal Juvêncio, o planejamento vitorioso vai continuar, apesar do tropeço no Beira-Rio. Lugano (Fenerbahçe) e Ricardo Oliveira (Bétis) já se despediram do elenco. O foco do presidente está agora nas renovações de Mineiro e Danilo. “Com exceção desses dois, os outros todos têm contrato. Não quisemos conversar com o Danilo e o Mineiro nesta reta final de Libertadores para não atrapalhar a equipe, mas vamos tentar a renovação de ambos”, revelou Juvêncio, que já está pensando em como voltar a disputar a competição sul-americana em 2007.

Rogério Ceni – “Levanta a cabeça Rogério, valeu”. Os torcedores tentaram mostrar ao goleiro solidariedade, após a falha no primeiro gol do Inter que ele mesmo acabou assumindo a culpa. Assim, tirou qualquer responsabilidade dos companheiros pelo vice-campeonato. “Aquele foi um erro que não pode acontecer”, analisou, sem esconder a frustração.

Para animar seu maior ídolo, a torcida gritou para dizer que ele continua sendo “o melhor goleiro do Brasil”. Segundo o capitão são-paulino, “a sensação agora é de impotência, mas o time precisará absorver a derrota e dar continuidade ao trabalho até o final do ano, mesmo sem Lugano e Ricardo Oliveira”. Rogério colocou, ainda, como esta sendo “a pior semana da minha vida”, depois das duas derrotas na final da Libertadores e a morte de Weverson. (com Agências)




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