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Faltam projetos sociais e sobram crianças pobres
Do Diário do Grande ABC
18/10/2003 | 20:04
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Prefeituras e conselhos tutelares dizem que se esforçam para reduzir as crianças e adolescentes na rua, mas os responsáveis por pôr em prática os projetos de amparo reconhecem que "às vezes, a demanda é maior que a oferta". Em bom português: sobra criança pobre e faltam programas sociais consistentes.

Para a presidente da Fundação Criança de São Bernardo, Heloisa Helena Daniel, a situação já foi pior. "Houve época em que tínhamos 400 crianças em situação de rua." Heloisa diz que a implementação de políticas para a criança reduziram o problema. "Infelizmente, às vezes, a demanda é maior que a oferta."

O conselheiro tutelar Sérgio Linhares Hora, de São Bernardo, confirma essa demanda não atendida. "Muitas vezes nós fazemos o encaminhamento, mas nem sempre surte efeito, porque faltam vagas nos programas."

A diretora de Ação Social e Cidadania de Diadema, Cormarie Perez, afirma que muitos pais preferem tirar seus filhos do PET (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), porque é mais vantajoso para a família a criança trabalhar na rua do que receber R$ 40 por mês do PET. Em janeiro, Diadema fará um convênio com o projeto Meninos e Meninas de Rua, de São Bernardo. "Nós não temos um programa específico para trabalhar com criança de rua."

O conselheiro Enéas Gonçalves diz que não há criança de São Caetano em faróis. "O que têm são crianças de outros municípios. Nosso trabalho é fazer o recâmbio (levar a criança para a cidade de origem)."




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