O técnico Rojas, o goleiro Rogério Ceni, o atacante Luís Fabiano e companhia festejam a classificação do São Paulo para a Libertadores de 2004. Fabiano, que não gosta muito de microfones, deu entrevista pacientemente, sorriu, atrasando-se até para participar da parte final do treino físico. Rogério Ceni (500 jogos pelo tricolor) atendeu aos repórteres tranqüilamente, esbanjando bom humor. O goleiro quer "50 mil torcedores" no Morumbi, nesta quarta, contra o River Plate, pela Sul-Americana. Os portões do CT abriram-se para a imprensa. Mas que São Paulo é esse? A resposta vinha no semblante dos atletas. A classificação para a Libertadores parece ter tirado um peso das costas de cada um.

Rojas, sem grande elenco nas mãos, conseguiu pôr o time na competição. Ceni vai disputar, como titular, a primeira Libertadores, depois de anos de tentativa. "Não há nada tão gostoso", disse o goleiro. Luís Fabiano acha que a pressão vai acabar e o presidente Marcelo Portugal Gouvêa comemora: cumpriu a promessa de campanha, com boas chances de reeleição.

A alegria contagiou o Morumbi. Ou quase. O torcedor ainda não está completamente satisfeito. Quer o título da Copa Sul-Americana. Seria o fim de ano ideal para o clube, que amargou derrotas em 2002 e 2003. A missão desta quarta é derrotar o River Plate, no Morumbi, por três gols de diferença, ou ganhar por dois e levar a decisão para os pênaltis. A diretoria colocou 49 mil ingressos à venda e aposta que verá quase 50 mil são-paulinos empurrando o time. A derrota por 3 a 1, em Buenos Aires, mudou um pouco esse pensamento. Mesmo assim, é esperado bom público. "Vamos ao ataque para fazer 3 gols", disse Luís Fabiano.