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Aécio irrita deputados que queriam aumento salarial
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10/12/2002 | 00:29
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O recuo do presidente da Câmara e governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), de renunciar ao cargo nesta quarta-feira causou irritação e constrangimento entre integrantes da Mesa Diretora, que se preparavam para encaminhar ainda esta semana o projeto reajustando para R$ 12,7 mil os salários de deputados e senadores. Contrário ao aumento salarial, Neves havia avisado aos colegas que se afastaria do comando da Casa na quarta, deixando aberta a porta para a votação do reajuste.

O primeiro secretário da Câmara, Severino Cavalcanti (PPB-PE), encaminharia à Mesa Diretora, na quinta-feira, projeto de decreto legislativo prevendo o aumento de R$ 8,2 mil para R$ 12,7 mil, o que corresponde a um reajuste de 50%. Tendo de rever a estratégia por causa da mudança de posição de Neves, Cavalcanti não escondia ontem a irritação com o colega.

Com críticas recheadas de ironias, o primeiro secretário disse que Neves só estava contra o reajuste por ter garantidas "mordomias" como governador de Minas Gerais. "É por isso que ele não precisa do aumento." Mantendo as ironias, afirmou que o tucano decidiu permanecer no cargo para impedir a aprovação de um salário "digno" para os congressistas.

Outro integrante da Mesa Diretora da Câmara, o segundo secretário da Câmara, Nilton Capixaba (PTB-RO), também ficou "revoltado" com o recuo do presidente da Casa.




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