Faltas, pênaltis, escanteios e fé, muita fé. O Santos treinou forte para manter a seqüência de vitórias nesta quinta, contra o Botafogo na Vila Belmiro, às 20h30, pela segunda rodada do Torneio Rio/São Paulo. Mas também apelou para a fé e, na manhã desta quarta, o elenco foi ao Monte Serrat pedir proteção e uma força para conquistar os títulos que o time busca à padroeira, Nossa Senhora do Monte Serrat. Dentro de campo, o reforço pode ser Dodô, que permanece no clube e deve ser o companheiro de Rodrigão no ataque.

A dúvida do técnico Geninho é saber se Dodô está com a cabeça pronta para encarar seu primeiro desafio na temporada. “Preciso conversar com ele e com o Deivid (titular da posição), mas vou decidir só amanhã (hoje). O Dodô precisa assimilar que os comentários sobre sua saída não são apenas negativos, achando que ninguém quer ele no clube. Tem o outro lado e ele deve também se sentir valorizado porque se não fosse um bom jogador ninguém estaria querendo seu futebol. Estou muito feliz com sua volta”.

O Santos que entra em campo hoje é o mesmo que começou a competição, apenas com a entrada de Dodô. A preocupação do treinador, no entanto, é ter opções táticas para mudar o jogo caso necessite no meio de uma partida. Para enfrentar o Botafogo, o time da Baixada entra com três zagueiros. “Precisava inovar pelo menos por um período porque daqui a pouco outros clubes vão estar copiando nosso esquema”, explica Geninho.

As variações e alternâncias vêm dando ao Santos bons resultados – foram duas vitórias neste início de temporada, com vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo e 1 a 0 diante do Guarani. “Não tenho do que reclamar. Não vou achar que somos imbatíveis, mas estou satisfeito com a equipe”.

Viola, que estava sendo esperado na Vila Belmiro, está fora dos planos. O atacante teria pedido R$ 1,5 milhão de luvas e cerca de R$ 200 mil de salários, o que está fora da realidade do Santos. Como a equipe do Vasco tem uma pendência financeira com o Peixe por causa de Edmundo, o nome da vez é o meia Paulo Miranda.