A Câmara dos Representantes do Congresso americano aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei elaborado depois do massacre na Universidade Virginia Tech, em abril que poderá se tornar a primeira legislação sobre controle de armas em nível nacional desde 1994.

A lei, aprovada por unanimidade e que agora passará a debate no Senado, reforça principalmente os controles de cada estado em relação aos compradores de armas. Segundo o texto, os estados se beneficiariam de incentivos fiscais para atualizar bancos de dados com informações sobre pessoas proibidas de adquirir armas, principalmente criminosos e pessoas com problemas mentais.

Cho Seung-hui, o estudante que matou 32 pessoas antes de se suicidar na Universidade Virginia Tech no dia 16 de abril, deveria ter sido impedido de comprar as armas que usou no crime devido a seus antecedentes psiquiátricos.

A legislação conta com o apoio da influente Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), tradicionalmente contrária a todo tipo de lei que se propõe a controlar a aquisição de armas, a última das quais foi aprovada em 1994 para proibir a venda de armas de assalto.

Um informe divulgado por uma comissão escolhida pelo presidente George W. Bush para investigar o massacre de Virginia Tech, conclui que "a confusão e as diversas interpretações sobre as leis privadas federais e dos estados dificulta um intercâmbio apropriado de informações" sobre pessoas que deveriam manter-se longe das armas.

"O centro da discussão sobre políticas de armas foi o aumento da eficiência da regulação federal atual sobre armas de fogo, limitada pelas práticas divergentes entre os estados", aponta o relatório, elaborado pelo promotor geral pelos secretários americanos da Saúde e Educação.

Os funcionários dessas pastas se reuniram com autoridades federais, estatais e locais em busca de caminhos para evitar futuras tragédias.