Trabalhadores das indústrias químicas do Grande ABC aprovaram, ontem em assembleia, a pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano.
Com data base no dia 1º de novembro, entre os itens que compõem a pauta estão: reajuste salarial de 12%, piso de R$ 1.400 (atualmente o valor do salário normativo é R$ 980); PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima de R$ 1.400; redução de jornada de 44 para 40 horas semanais.
Segundo o Sindicato dos Químicos do ABC, o índice de aumento salarial que reivindicado está condizente com a realidade. "Apesar da crise econômica internacional, o segmento de produtos químicos de uso industrial registrou, no País, crescimento de faturamento da ordem de 25% no ano passado em relação a 2010, sendo plenamente possível, e justa, a concessão de aumento real."
Também compõem a pauta a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, com os sábados livres e a formalização da OLT (Organização Local de Trabalho), ou seja, a atuação da comissão.
O documento deverá ser entregue à classe patronal até o dia 28. As negociações com os representantes patronais devem ser iniciadas na primeira semana de outubro.
A base sindical no Grande ABC é formada por 40 mil trabalhadores entre as sete cidades nos setores químico, petroquímico, plástico, tintas e vernizes, resinas sintéticas e colas e de explosivo.
A campanha é coordenada pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo) e abrange cerca de 190 mil trabalhadores.
CONQUISTA - Em 2011, os profissionais químicos aprovaram a proposta patronal de 9% de reajuste salarial (sendo 2,04% de aumento real e 6,06% de reposição da inflação); 10,11% de reajuste no piso (passando de R$ 815 para R$ 980), e de 10,61% no valor mínimo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), atuais R$ 730.
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