A comissão de ética aberta no diretório do PT são-caetanense para investigar o caso do vídeo entre o vereador Edgar Nóbrega e o ex-secretário de Governo Tite Campanella (DEM), concluirá os trabalhos somente após a eleição. A tratativa incomodou candidatos a vereador, que esperavam maior agilidade no processo.

De acordo com o presidente petista Marcio Della Bella, que substitui Edgar, a comissão solicitou informações junto aos órgãos que apuram o caso - Ministério Público e Corregedoria municipal. "Vamos fazer um pedido a quem divulgou o vídeo (Eder Xavier, PCdoB) para ter as imagens na íntegra", avisou.

Os envolvidos - além do vereador, o candidato à Câmara professor Pio e uma pessoa de nome João foram citados no diálogo - serão ouvidos no prazo de 40 dias. "É para dar tempo dos documentos solicitados chegarem, não tem nada a ver com as eleições."

Nomes que disputam vaga no Legislativo como o de Vera Severiano e Ricardo Rios defendiam apuração rápida dos fatos para evitar desgaste junto ao eleitor. "Não podíamos deixar a dúvida para a população", reclamou Rios. Vera alegou que o caso tem gerado uso "mesquinho" e "indevido" da imagem do partido pelos adversários. "Ouvimos muitas coisas na rua. Nosso grupo fez uma carta para defender a ética e pedir moralidade na eleição."

A gravação de 17 minutos foi divulgada no dia 26 de agosto. Tite e Edgar falam em R$ 100 mil para petista chegar ao comando do partido e garantir apoio informal ao governo, além de terem tratado de R$ 10 mil referentes a suposto ‘mensalinho'. Tite deixou o cargo e Edgar se licenciou da presidência da sigla e renunciou à candidatura a prefeito.