Cultura & Lazer Titulo Música
Repertório apimentado

Agora, cantora paulistana comemora 15 anos de carreira
em grande estilo, com o lançamento do primeiro álbum

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
08/09/2012 | 07:00
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Quando era pequena a vergonha reinava e a impedia de arriscar cantar em público. Até a família não acreditava que isso seria possível, mas o fato foi resolvido pelo professor de teatro que, quando a escutou cantar sem querer, pediu para que ela o fizesse em frente aos alunos.

Agora, a cantora paulistana comemora 15 anos de carreira em grande estilo, com o lançamento do primeiro álbum. Caroline Negrão (R$ 25 em média) sai do forno independente e composto por 11 músicas. A intérprete escolheu faixas não tão conhecidas do grande público para trabalhar. "Foi uma busca difícil, ouvir músicas de artistas que gostamos é simples, porém encontrar aquelas que possam soar bem em sua voz é extremamente complicado. Mas sem dúvida a ajuda do meu marido, Luiz Paraná, músico e diretor artístico do CD, foi imprescindível", afirma.

Caroline ‘apimenta', como ela mesmo gosta de dizer, a MPB que apresenta com distorções escondidas. Excesso Exceto, de Lenine e Arnaldo Antunes, e Aqui Não É o Meu Lugar, de Nasi e Nivas, e Onde os Anjos Não Ousam Pisar, de Zé Rodrix e Etel Frota, são algumas das que constam na obra. Uma delas, Sem Você - Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown -, já está em vias de ganhar videoclipe.

Apesar de brincar que não tem dom para compor e que mal toca um violão, Caroline brinda o repertório com uma composição autoral, Paredes, responsável por fechar o disco.

Admiradora da música de Maria Gadú, Seu Jorge, Amy Winehouse e Coldplay, Caroline conta que a espontaneidade e expressão do que ela é ficam escancaradas no trabalho. "O disco consegue decifrar o que e como sou, une misturas de elementos musicais de gêneros diversos que ouvi e ouço, é natural e é ao meu estilo", afirma.

Segundo ela, o entendimento entre ela e o produtor Beto Paciello sobre como seria o resultado final foi rápido e fabuloso. Mas o que deu realmente trabalho foi a escolha do repertório. "Foram músicas e mais músicas para definirmos o que seria o CD", diz.

Ela conta que o mais prazeroso foi ver nascer algo que sonhou junto com pessoas que estavam sentindo o mesmo prazer de fazer aquele som crescer. "Quando você trabalha com pessoas que admiram o que você está fazendo e não simplesmente vai ‘a trabalho' tudo fica mais gostoso. E música é amor, se não tem amor e entrega não tem alma e ninguém vai sentir o que você quer transmitir."




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