Setecidades Titulo Dengue
Consórcio faz cobrança sobre estoque de kits
Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
16/09/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O GT (Grupo de Trabalho) de Saúde, do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que reúne representantes da área das sete cidades, solicitou que o DRS (Departamento Regional de Saúde), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, avise aos municípios, com o máximo de antecedência, se neste ano será mantida a restrição à coleta de novas amostras de sangue de casos suspeitos de dengue. A situação tem dificultado a constatação de registros da doença na região. Em maio, o Diário noticiou que 3.890 notificações suspeitas da doença tinham confirmação.

O exame é feito pelo Instituto Adolfo Lutz e, em março, a Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado emitiu comunicado estabelecendo critérios para a realização, como casos graves e óbitos. Na época, o Estado declarou que a medida se fez necessária devido à contingência de kits para diagnóstico da doença, “decorrente das falhas na entrega pelo Ministério da Saúde”.

“Tivemos uma reunião com a DRS em agosto, que se comprometeu a nos trazer em outubro, ou mais tardar em novembro, uma resposta definitiva”, falou o coordenador do GT de Saúde e secretário da área em Santo André, Homero Nepomuceno Duarte. “A campanha de combate à dengue na região foi um sucesso, conseguimos enfrentar bem a questão, mas o ponto fraco foi a falta da sorologia”, acrescentou.

No entanto, o secretário não demonstra otimismo quanto a mudança na situação. “A minha opinião, falando como secretário de Saúde, é que os municípios não terão como fugir de adquirir os kits, caso os governos estadual e federal não forneçam a quantidade suficiente. Não sei o que teremos de sacrificar e deixar de fazer (caso a restrição de exames continue). “Se isso acontecer, podemos discutir alternativa de compra regional do kit, para baratear a aquisição”, completou.

OUTRAS DOENÇAS

Neste ano, além da dengue, a região reforçará o enfrentamento a outras duas enfermidades, também ocasionadas pelo mosquito Aeds aegypti: o zika vírus e a febre chikungunya. “A campanha que vamos definir no Consórcio, no próximo mês, vai manter a questão da dengue, porque em termos de número vai ser o principal caso de ocorrência, mas vamos ter que ficar bastante alertas ao zika e chikungunya, com capacitação e treinamento de funcionários, ações de conscientização para as gestantes, pois o Nordeste já apresentou problemas, o Rio de Janeiro também e a gente sabe que, no verão, as pessoas vão para esses lugares e voltam, o que pode espalhar o vírus em caso de contaminação”, destacou Duarte.
 




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