Esportes Titulo
Apesar de vitória, Toninho fica na bronca com árbitro

Técnico deixou Bruno Daniel enfurecido com a falta de critério de Luiz Flávio de Oliveira

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
Márcio Donizete
Especial para o Diário
10/04/2016 | 07:00
Compartilhar notícia


A euforia pela grande vitória do Santo André deu lugar à bronca do técnico Toninho Cecílio no árbitro Luiz Flávio de Oliveira. Apesar da vitória por 2 a 1, o treinador andreense deixou o Bruno Daniel enfurecido com a falta de critério, que acabou suspendendo da segunda partida, sábado, no Anacleto Campanella, os dois volantes titulares do Ramalhão, que receberam o terceiro amarelo.

“O São Caetano quebrou todo o nosso jogo. Quando roubávamos a bola, o Ferreira fazia a falta para parar. O Esley fez três, quatro faltas seguidas e não tomou cartão, além de que o pênalti não foi, ainda mais em momento decisivo do jogo”, esbravejou Toninho. “As expulsões também. Sou de um tempo que o árbitro controlava o jogo no peito, não precisava expulsar os dois jogadores. É decisão, o árbitro precisa se preparar melhor, todo mundo fica mais tenso, conversa e separa. Ninguém está ali para arrebentar o outro, mas dava para segurar sem a expulsão”, reclamou.

Apesar de reclamar, o treinador disse que Luiz Flávio é um bom profissional. “É um grande árbitro, um dos melhores do Estado, mas para o Santo André esteve em uma tarde infeliz. Todas as dúvidas ele deu para o São Caetano, tirou nossos dois volantes do outro jogo com cartões amarelos. A advertência do Tiago (Ulisses) foi uma encostada de ombro. Teve jogador do São Caetano que fez muito pior e não levou amarelo”, comparou.

Diante disso, o treinador espera que a diretoria do Santo André faça reclamação formal. “Peço para a diretoria que aponte isso para a Federação.Posso perder para o São Caetano, vou entender, mas não posso perder para a arbitragem.”

Feliz estava o meia Guilherme Garré, que marcou pela primeira vez na Série A-2 e em momento decisivo. “No clássico não tem sentimento melhor do que poder ajudar o Santo André a vencer. Saiu no momento certo. Foi muito bom a torcida apoiando. É disso que estávamos precisando”, celebrou.

Sandoval reclama de cera do goleiro Zé Carlos e diz ter arriscado cartão

O clima nos vestiários do São Caetano após a derrota no clássico do Grande ABC para o Santo André, ontem, por 2 a 1, no Bruno Daniel, era de lamentação pelo resultado e de bronca com o rival. O zagueiro Sandoval, por exemplo, reclamou de cera do goleiro Zé Carlos, o que ocasionou um cartão amarelo para o beque azulino aos 48 minutos do segundo tempo.

“O goleiro deles mandou no jogo, aliás, mandou no juiz (Luiz Flávio de Oliveira). Não foi uma, duas ou três, mas, sim, umas seis vezes que ele fez cera”, disparou. “Tive de tomar uma atitude e arriscar levar um cartão amarelo. Já que eu não tinha cartão, arrisquei. E isso que o goleiro queria, um cartão. Futebol é assim”, acrescentou Sandoval.

Antes da reclamação azulina, o arqueiro do Ramalhão já estava advertido por “retardar o reinício de jogo”, de acordo com a súmula, mas não recebeu o segundo cartão.

Briga antes do jogo deixa um ferido

No maior público do ano registrado no Bruno Daniel – 4.298 pagantes –, briga antes de a bola rolar quase estragou o clássico. Grupo de torcedores do Santo André partiram em direção do espaço reservado para a torcida do São Caetano pelo lado de fora do estádio e atiraram paus, pedras e soltaram rojões nos adversários.

A confusão demorou para ser contida pela Polícia Militar. No momento que interveio, um policial acertou golpe de cassetete em um torcedor do São Caetano que estava na parte de dentro do estádio e causou ferimento no rosto e na cabeça. Ele não precisou ser atendido e assistiu ao jogo normalmente, mesmo com a roupa suja de sangue.

Os torcedores andreenses foram contidos e empurrados para o setor dos mandantes, momentos antes do apito inicial.Ninguém foi preso.

Além disso, o local que estava reservado para a torcida do São Caetano foi sujo horas antes do jogo com grãos de milho e a bilheteria dos visitantes pixada com provocações para a torcida adversária.

No primeiro jogo do ano, em março, no Estádio Anacleto Campanella, também houve confusão e o setor onde ficariam os andreenses foi sujo com óleo e açúcar, o que ocasionou a transferência dos visitantes para outro setor do estádio, mas o jogo transcorreu sem maiores problemas.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;