"Os terroristas que atacaram os Estados Unidos em 11 de setembro visavam nossa economia e nossos compatriotas. Conseguiram destruir um símbolo da prosperidade americana, mas não puderam chegar às raízes. A riqueza de nosso país não se encontra nos vidros e no aço, mas no talento, no trabalho e no espírito de empreendimento de nosso povo. E essas qualidades continuam sendo tão sólidas há duas semanas atrás", frisou Bush, em seu discurso semanal transmitido por rádio.

O presidente americano passa o fim de semana na residência de Camp David. Lá ele vai continuar estudando os preparativos da resposta americana aos ataques terroristas ocorridos na semana passada. O principal alvo deve ser o Afeganistão, país que estaria abrigando o terrorista Osama Bin Laden. Durante a manhã deste sábado, Bush avaliou planos de contra-ataque com seus conselheiros de segurança.

O presidente admitiu que os atentados contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington, afetaram a economia, particularmente no âmbito do transporte aéreo, do turismo e da bolsa de valores.

"Mas, apesar desses desafios, a economia americana continua sólida", disse. Bush afirmou ainda que os EUA continuam produzindo muito mais do que qualquer outro país do mundo.

O presidente destacou que já tinha tomado medidas - como a redução dos impostos para enfrentar o lento crescimento da economia - e que trabalhava a todo vapor com o Congresso para recuperar rapidamente os setores mais afetados pelos atentados de 11 de setembro.

"Podem ter certeza de que o clima dos negócios vai melhorar no futuro. O Federal Reserve (Banco Central) cumpriu seu trabalho de manter a solidez e a estabilidade de nosso sistema financeiro, reduzindo pela metade as taxas de juros nos últimos oito meses. Os preços da energia se mantêm estáveis e inclusive se reduziram desde a primavera", analisou.

O presidente anunciou ainda que democratas e republicanos trabalharão de maneira conjunta no Congresso, 'na melhor tradição dos ideais americanos', para levantar a economia, fortalecer a segurança do país e recuperar os empregos perdidos depois dos atentados.

"Continuamos sendo a maior nação do planeta e nenhum terrorista nunca poderá decidir nosso destino", concluiu Bush.