A metáfora que define o próximo trabalho da Companhia de Danças de Diadema é um tabuleiro de jogo onde a sorte dos dados é que conduz o movimento das peças - corpos. Amanhã, com o ensaio aberto de Meio em Jogo, no Teatro Clara Nunes, em Diadema, a coreografia avança mais uma casa, com o objetivo de chegar à conclusão do espetáculo.

"É um ensaio, não finalizamos o trabalho. Queremos conversar com a plateia, discutir para construí-lo", conta Ana Bottosso, diretora da companhia.

"A coreografia representa um jogo cênico que fala de disputas. Transporta situações humanas superexpostas através de regras de jogo para o palco", diz.

Criado por Francisco Júnior e Ivan Bernardelli, o espetáculo explora a projeção extrema de sentimentos que permeiam as relações humanas. As situações ganham ares gigantescos porque os bailarinos agem como jogadores de suas próprias histórias, construindo seus destinos a partir de regras específicas.

"É um espetáculo de improviso, há o estabelecimento de algumas regras, mas o corpo flui solto. A inspiração de movimentação foi por meio de técnicas de clown", explica Ana.

Apesar de parecer denso, o espetáculo é recomendado para todas as idades. "É engraçado, divertido, serve para crianças também. O lado clown tem essa levada".

A coreografia estreia no dia 17, no Sesc Santana, na Capital. No Grande ABC, ela só será apresentada em agosto.

Meio em Jogo - Dança. No Teatro Clara Nunes - Rua Graciosa, 300, Diadema. Tel.: 4056-3366. Amanhã, às 20h. Entrada franca.