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BNDES: investimento atingirá R$ 850 bi
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11/05/2010 | 07:00
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O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, revelou ontem que os investimentos já mapeados pelo banco até 2014 vão somar R$ 850 bilhões.

A cifra é 10,39% superior ao valor contido no estudo feito pelo BNDES em 2008 antes da crise para o mesmo período. Na época, o BNDES previa que os projetos programados para 2010 a 2014 atingiriam R$ 770 bilhões.

Segundo ele, já é possível notar aumento nos investimentos do setor de petróleo e gás e os voltados para o mercado interno. Mas a novidade, segundo Coutinho, é uma recuperação nos investimentos voltados ao mercado internacional. Ele acredita que este maior vigor se deve à elevação nos preços das commodities no mercado internacional e destaca o crescimento das exportações brasileiras para a Ásia.

"Os projetos já mapeados mostram crescimento anual de pelo menos 10% nos investimentos para os próximos anos", afirmou Coutinho, que participou ontem de seminário sobre infraestrutura no Rio de Janeiro.

O presidente do BNDES informou ainda que os investimentos em infraestrutura levantados pelo estudo concluído em abril apontam para incremento de cerca de R$ 40 bilhões frente ao estudo realizado em agosto de 2008 antes da crise internacional, o que representa alta de 13,55% no período. O valor subiu de R$ 273 bilhões para R$ 310 bilhões, para o período que vai de 2010 a 2014.

GRÉCIA - Para ele, a crise da Grécia pode ter efeito benéfico para o Brasil de frear o crescimento excessivo da economia. "Neste ano, o problema é crescer demais e ultrapassar a barreira de 6%. Isso aqueceria demais (a economia), o que não é bom", disse.

Segundo Coutinho, a crise na Grécia será superada, e não há motivos para que o BNDES adote medidas de injeção de liquidez na economia, como as anunciadas durante a crise financeira internacional de 2008.

O presidente do BNDES classificou como positivas as medidas adotadas pela União Européia para conter os efeitos da crise. As medidas, observa, representam mudança de postura no BC (Banco Central) europeu, que além de dar liquidez às economias com as compras de títulos de dívida pública de países da Europa abre janela ao aceitar comprar títulos privados de empresas classificadas como investment grade. De acordo com Coutinho, esta postura mais agressiva vai evitar qualquer perspectiva de contaminação da crise grega para outros países da União Européia.




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