Moradores da Rua Japão, no bairro Taboão em São Bernardo, enfrentam problemas com a construção de condomínio na via localizada atrás de suas casas.

O aposentado Josuel Rodrigues Teixeira, 53, conta que não foram instaladas proteções na área onde a obra seria executada e que, por isso, as casas estão todas comprometidas. "Quando vi rachaduras na minha casa, em janeiro passado, fui até a Prefeitura e pedi para entrarem em contato com a Defesa Civil", diz Josuel. Um ano depois, técnicos foram até as residências da rua e colocaram selos que indicam o tamanho das rachaduras.

Na residência da dona de casa Neusa da Silva Máximo moram 13 pessoas e as fissuras não param de crescer. "O nível da obra é mais alto que o da minha casa e começa praticamente encostada com a minha parede, não tem divisão", afirma a dona de casa. Neusa diz que já conversou com os funcionários da obra. Eles teriam dito que a parte dos fundos da casa dela pertence à empresa responsável.

Os problemas pioram com a falta de rede de proteção no entorno da obra, o que faz a poeira e até entulhos caírem no quintal dos imóveis vizinhos. "Não posso colocar roupa para secar porque suja de novo", diz a dona de casa Valdisa Teixeira Silva, 63. Ela e outras moradoras afirmam que os funcionários da obra disseram que colocariam proteção, mas até agora não foi providenciada. A Prefeitura de São Bernardo disse que irá vistoriar a obra e o entorno e, caso necessário, empresa será notificada.

A construtora Sergus disse que será instalada tela de proteção e que, caso sejam comprovados problemas ocasionados pela obra, a empresa tomará as medidas cabíveis para que sejam solucionados.